Preparando um salto perfeito – 1
Data: 13/jul/2022
Por: Ricardo de Moura
O esporte aquático brasileiro que mais evoluiu no Mundial de Budapeste foram os Saltos Ornamentais. Faltou muito pouco para a medalha.
A saltadora Ingrid Oliveira disputou a medalha até o último salto. Acabou em 4º. lugar.
Mas, assim mesmo, foi um resultado inédito com duas finais individuais e várias semifinais.
Desde os Jogos Olímpicos de 1904, os Saltos Ornamentais é um dos esportes mais plásticos e complexos do programa olímpico.
Em comum com os outros esportes aquáticos só a água.
Os movimentos executados pelos atletas desde o momento em que deixam o trampolim ou a plataforma até atingirem a água exigem força física, resistência, velocidade, agilidade e flexibilidade para realizar incríveis manobras de cambalhotas, torções e piruetas no ar. E a entrada na água deve ser totalmente na vertical, sem espalhar água. Como se os atletas estivessem sendo sugados.
Ricardo Moreira, um dos pivôs dessa transformação, começou nesse esporte aos 9 anos, em Brasília, com o Professor Giovani Casilo. Logo depois se tornou técnico do saltador olímpico Cesar Castro.
Tem formação em Educação Física e Gestão. Foi o primeiro presidente da Saltos Brasil.
Ressalta alguns pontos que fizeram a diferença: a vinda do técnico cubano Ferrer, o trabalho de base iniciado em 2014 na CBDA, o Projeto Saltando para o Futuro dos Correios, a criação do Centro de Treinamento com equipamentos mais modernos em parceria com a Universidade de Brasília e a formação em 2017 da Saltos Brasil – Confederação Brasileira de Saltos Ornamentais – CBSO.
Em 2017 a CBDA havia herdado os recursos da gestão anterior e não foi favorável à separação dos Saltos Ornamentais.
Em 2019 os recursos acabaram e não havia dinheiro nem mesmo para a realização de uma única competição.
A necessidade juntou a fome com a vontade de comer.
Sem saída, a CBDA aceitou a separação. Os Saltos Ornamentais entravam em uma outra era.
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