Marcas que se transformam em marcos
Data: 1º/ago/2022
Por: Ricardo de Moura
O objetivo de um atleta nos esportes contra o tempo é conquistar as melhores marcas.
Uma marca significativa pode virar um marco, que serve de referência na vida do atleta e da modalidade.
Por exemplo, no último dia 9 de julho foi comemorado o aniversário de uma data histórica da natação.
Há 100 anos um homem nadava os 100m livre abaixo da barreira do minuto.
No dia 9 de julho de 1922, o americano Johnny Weissmuller competindo na piscina do parque Neptune Beach’s, na cidade de Alameda, na Califórnia, completou os 100 metros nado livre em 58,6.
Weismmuller “atropelou” o recorde de outra lenda da natação, o havaiano Duke Kahanamoku que havia nadado a prova em 1min00s4, os Jogos Olímpicos da Antuérpia em 1920.
Ele viria a baixar ainda mais sua marca na prova ao nadar para 57s4 em fevereiro de 1924, marca que permaneceu intacta durante dez anos. Meses depois ele se sagraria campeão olímpico em Paris e repetiria a dose nos Jogos de Amsterdã em 1928.
Ele também foi o primeiro atleta a nadar os 400m livre abaixo dos 5 minutos com 4min57s0 em 1923. Após deixar as piscinas o nadador se consagrou com um dos maiores astros de Hollywood, eternizando o personagem Tarzã nas telas do cinema.
O brasileiro Cesar Cielo é considerado, oficialmente, o primeiro nadador no mundo a baixar a barreira dos 47s nos 100 m livre em piscina longa, com 46,91, alcançado em 30/07/2009, no Mundial de Roma. Há 13 anos é o Recorde Mundial da prova.
A marca do francês Alan Bernard, de 46,94, feito em 23/04/2009, não foi reconhecido pela FINA, pelo uso de traje não autorizado.
O francês Frederick Bousquet (FRA), foi o primeiro nadador do mundo a baixar a barreira dos 21s nos 50 m livre em piscina de 50 m– 20,94 (26/04/2009). O segundo foi Cesar Cielo – 20,91 (18/12/2009), que também é o Recorde Mundial da prova.
A barreira dos 22s na prova dos 50 m livre em piscina longa também é uma barreira que se transforma em marco.
Pela primeira vez o índice A da FINA para os Jogos de Paris (2 por prova), é abaixo dos 22s: 21,96.
Também em 2022, o brasileiro Bruno Fratus atingiu o marco de quebrar a barreira dos 22s mais de 100 vezes.
No ranking mundial da FINA, até o momento, 22 atletas no mundo quebraram a barreira dos 22s.
Um deles é o nadador português Miguel Nascimento, treinado pelo brasileiro Alberto Silva. O primeiro nadador português a baixar 22s nos 50 m livre: 21,90.
Parabéns!
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