Previsão conveniente
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 05/SET/2023
Os que passam por aqui sabem que acreditamos em que o homem é péssimo para prever qualquer coisa. Previsão parece mais com torcida que análise.
Um estudo feito pela consultoria Nielsen estimou que o Brasil conquistará 26 medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Ainda, que o Brasil ficará, pela primeira vez, no top 10 do quadro de medalhas com 26 medalhas (7 de ouro, 4 de prata e 15 de bronze).
Na altura do campeonato, a um ano dos Jogos Olímpicos de Paris, fazer a previsão otimista é conveniente, atrai a atenção, tenta motivar patrocinadores e busca prestígio antecipado. A melhor posição do Brasil foi em Tóquio, 12º lugar, com 21 medalhas.
A previsão, particularmente, não parece muito clara. Será preciso uma observação detalhada dos Campeonatos Mundiais até o final do ano.
Modalidades em que o Brasil acredita em medalhas: atletismo, boxe, canoagem, ginástica artística, hipismo, judô, natação, águas abertas, skate, surfe, taekwondo, tênis, vela, vôlei, vôlei de praia.
Ainda, segundo estimativas, o Brasil poderá estrear no pódio com as seguintes modalidades: esgrima, ginástica rítmica, ginástica de trampolim, saltos ornamentais, tiro com arco, tênis de mesa e triatlo.
A previsão pode estar precipitada. A relação deveria estar embasada no ano de 2023, de acordo com os resultados dos Campeonatos Mundiais. Ainda falta a realização de 12 deles.
Alguns resultados contrariam, de imediato, a projeção, como é o caso da natação e do vôlei.
Que tal se, em vez de apresentar projeções, fosse apresentado o programa, planejamento, ações, metas e desenvolvimento de trabalho até 2024?
Resultado é consequência. “O sucesso só vem antes do trabalho no dicionário”.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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