Ninguém é insubstituível
Gotas de reflexão
Por: Ricardo de Moura
Data: 25/SET/2023
25 de setembro: dia do treinador. Vamos homenagear a classe com algumas reflexões.
Quantas vezes já ouvimos a frase: “Ninguém é insubstituível”?
Pensando bem, ninguém é insubstituível, na medida em que somos seres humanos. Somos transitórios. Hoje estamos aqui e amanhã poderemos não mais estar.
Historicamente no Brasil, inspirado na cultura do futebol, um meio arredio ao conhecimento científico, a troca sistemática de treinadores continua de vento em popa. Obviamente, mais no futebol que em outras modalidades. A cultura da valorização do técnico ainda é precária.
Dirigentes seguem tomando decisões baseadas em coisas subjetivas ou pressões. Não se especializam, não têm planejamento, vivem por resultados de curtíssimo prazo, atuam politicamente e ignoram qualquer metodologia de análise. Concordam com a opinião do técnico, desde que seja similar a dele.
Ouvem pouco a opinião de quem, realmente, sabe.
Por outro lado, muitos profissionais se tornam substituíveis quando não se impõem, não conseguem liderar, não se reciclam, não enxergam o futuro, são displicentes com suas obrigações, concordam com as situações para não perder suas posições. Comodismo trágico.
Ficam em silêncio.
O mesmo silêncio que se voltará contra eles quando não tiverem eco em suas reivindicações.
Tudo acontece em uma velocidade incrível.
É hora de refletir. O barulho do silencio anda ensurdecedor.
#esporte #tecnicoesportivo #futuro #silencio
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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