Isenção do serviço militar
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 30/SET/2023
A natação terminou nos 9º Jogos Asiáticos, em Hangzhou (CHN). O domínio absoluto da China e os bons resultados técnicos mostram que ela chegou de vez para disputar o protagonismo mundial da modalidade.
A China, há muito, que tem tudo para ser competitiva, mas, pela primeira vez, parece solidificando seu caminho. Quem vai levar a melhor entre chineses, americanos e australianos em Paris? Faltam 300 dias. Só o tempo pode dizer.
China que tem em Hayiang Qin (peito) no masculino, Yufei Zhang (borboleta e livre) no feminino e o revezamento 4×100 m 4estilos misto sua principal referência, foi a melhor, muito na frente. Mas outro país mostrou força.
A Coréia, terminou em segundo lugar no quadro de medalhas de natação, vencendo o Japão pela primeira vez. O total de 22 medalhas da Coreia do Sul marcou um novo recorde, superando as 13 medalhas nos Jogos Asiáticos de 2010 em Guangzhou, China. O país ganhou apenas seis medalhas nos Jogos Asiáticos de 2018.
Hwang Sunwoo , 20 anos foi o destaque do país conquistando 6 medalhas em 6 provas – 2 de ouro, 2 de prata e 2 de bronze. Hwang quase igualou o recorde do maior número de medalhas conquistadas na competição. O recorde ainda continua com Park Tae Hwan , que conquistou 7 medalhas nas edições de 2006 e 2010.
Oito nadadores sul-coreanos ganharam algo ainda mais valioso do que medalhas de ouro com suas vitórias nos Jogos Asiáticos. Suas carreiras não serão interrompidas pela exigência do país de que todo homem fisicamente apto passe 18 meses no exército em algum momento entre 18 e 28 anos.
A Coreia do Sul concede isenções militares a atletas, músicos e outros artistas se estes conquistarem os principais destaques em determinadas competições – uma medalha de qualquer cor em Jogos Olímpicos ou ouro nos Jogos Asiáticos.
“Como nadador, a isenção do serviço militar elimina um obstáculo à vida do atleta, permitindo-lhe ter uma carreira mais longa”, disse Baek – vencedor da prova de 50 m nado borboleta masculino, uma das duas únicas provas que não teve a presença da China. A outra foi o revezamento 4×100 m 4 estilos feminino, quando a equipe foi desclassificada nas eliminatórias.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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