O ranking mundial de natação e a medalha olímpica
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 11/NOV/2023
As medalhas olímpicas e o Ranking Mundial de natação, em estudos realizados desde os Jogos Olímpicos de 2000 (Sydney), mostram estreita relação.
Mais de 80% das medalhas vêm dos classificados entre os 10 primeiros do Ranking Mundial.
Por essa razão, é importante o acompanhamento da evolução do Ranking.
Isso vale para quem quer medalha, participar da semifinal, final e obter os melhores resultados nos Jogos Olímpicos.
Mas, objetivo sem um plano, é somente um desejo.
Observar a evolução da prova ao longo do ciclo olímpico é outro fator de estudo interessante. Comparação do crescimento do próprio nadador em relação aos seus adversários, estratégias, possibilidades de medalha.
A internet, nos dias de hoje, reúne condições para que técnicos e nadadores possam ter acesso às variações e progressões de desempenho comparadas entre sexo, braçada, distância, país e previsão de medalha.
Sempre existem as exceções, que estão cada vez menores.
Como o caso de Ahmed Hafnaoui, da Tunísia, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Hafnaoui estava com o 16º tempo de inscrição na prova de 400 metros nado livre masculino.
Classificou-se em 8º para a final, e venceu a prova.
Outro detalhe importante é a análise do nadador em competições importantes. Às vezes, o tempo do nadador não foi realizado em uma competição internacional de alto nível. Foi em um campeonato nacional. Isso pesa, na hora do estudo.
Outra consideração é a que países pertencem os nadadores. Os estudos mostram que nadadores da Austrália foram mais consistentes do que os dos Estados Unidos (EUA) e de outras nações, no último Campeonato Mundial. Mas que, tanto Austrália como Estados Unidos, têm sido eficientes nos últimos Jogos Olímpicos.
E, trabalhar. Duro, incessantemente.
A excelência aparece quando o foco no objetivo se torna um hábito.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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