Pode-se comprar uma medalha olímpica?
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 29/DEZ/2023
O sucesso nos Jogos Olímpicos geralmente se concentra em medalhas, especialmente as de ouro, e os países são classificados em termos do número de medalhas conquistadas e, às vezes, como medalhas por milhão de população ou produto interno bruto.
Quaisquer que sejam as razões, parece que a capacidade de gastar mais dinheiro para ganhar medalhas não se traduz em mais medalhas per capita ou em mais medalhas por unidade de riqueza. Faz o inverso.
Além das medalhas, mensura-se o desempenho com o número de nadadores nas finais.
O Comitê Olímpico do Brasil divulgou o repasse de verbas para as Confederações para o ano de 2024.
Estamos a pouco mais de 200 dias para os Jogos Olímpicos de Paris. Foram contempladas 33 Confederações nacionais.
Em 2023, as 6 Confederações que conseguiram medalhas em Campeonatos Mundiais, foram: Ginástica, Skate, Boxe, Surf e Vôlei de Praia. Ginástica, Boxe e Surfe foram as únicas que ganharam medalhas de ouro.
As maiores distribuições de verbas, segundo critérios do COB foram: 1. Vôlei: R$ 12,246 milhões; 2. Ginástica: R$ 12,025 milhões; 3. Desportos Aquáticos: R$ 11,299 milhões; 4. Skate: R$ 10,534 milhões; 5. Boxe: R$ 9,958 milhões; 6. Judô: R$ 9,159 milhões; 7. Hipismo: R$ 9,052 milhões; 8. Surfe: R$ 9,006 milhões; 9. Canoagem: R$ 8,522 milhões; 10. Atletismo: R$ 8,188 milhões.
A natação brasileira em 2023 não ganhou medalhas no Campeonato Mundial, pela primeira vez desde o Mundial de 2007, em Melbourne, na Austrália. Ana Marcela ganhou bronze em Maratonas Aquáticas na prova de 5 km (Não Olímpica).
No Campeonato Mundial Junior de Natação 2023, realizado em Netanya, Israel, pela segunda vez na história, o Brasil terminou a competição sem medalhas.
Em 2014, quando o Brasil venceu o Campeonato Mundial de Piscina Curta, o Ranking Mundial de Piscina Longa apontava a presença de 7 brasileiros, 3 deles entre os 3 primeiros.
Em 2023, há somente 2 atletas entre os 10 primeiros no Ranking Mundial de Natação: Guilherme Costa (5º nos 400 m nado livre) e João Luis Jr (8º nos 50 m nado peito) – PROVA NÃO OLÍMPICA.
Nota: A nadadora Beatriz Dizotti é a 10a no Ranking Mundial nos 1500 m nado livre. A World Aquatics colocou a australiana Lani Pallister duas vezes.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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