Feliz novos hábitos!
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 10/JAN/2024
Os hábitos são importantes porque não se pode confiar na motivação e na força de vontade todo o tempo.
Em um esporte como a natação, onde o treino é monótono, o nadador não vê a luz do dia e conhece cada centímetro quadrado daquela linha preta no fundo da piscina, é impossível estar motivado em todos os momentos da temporada.
Esse fato acontece, até mesmo, com os melhores nadadores do mundo.
Pode-se afirmar que o sucesso na natação é a soma dos hábitos do nadador. O resultado de cada prova é a soma de seus hábitos.
De acordo com alguns estudos, os hábitos representam cerca de 40% de tudo o que se faz em um determinado dia.
Ao tomar a decisão que este será o ano em que o nadador melhorará seus hábitos de treino, começa fazendo uma reflexão: seja fazendo todos os treinos da madrugada, chegando na hora certa, respirando a cada duas braçadas nas séries de borboleta, observando melhor as viradas, nos tempos de série, na técnica…
Porque se falha quando se tenta mudar os hábitos: tenta fazer tudo de uma só vez, quando o hábito que se tenta mudar primeiro é grande demais, não consegue compreender as mudanças (precisa muita disciplina mental para aceitar o fato de que pequenas mudanças, somadas, fazem uma grande diferença), quando não se cria metas…
Michael Phelps era famoso por ser um criador de metas, as quais procurava cumprir religiosamente.
As metas significam que o nadador sabe o que quer, o que deseja alcançar e tê-las mantém o atleta motivado.
Quanto tempo o nadador leva para mudar os hábitos?
Um estudo de 2010 publicado no European Journal of Psychology procurou responder a esta mesma questão. A resposta, atribuída a Mawell Maltz, na década de 50, é de aproximadamente 21 dias.
Maltz, cirurgião plástico, observou que após a cirurgia seriam necessários no mínimo três semanas para os pacientes se ajustarem à nova imagem mental de si mesmos após a cirurgia.
Isso foi publicado em seu livro de grande sucesso, Psycho-Cybernetics, em 1960, e o mito do hábito de 21 dias foi perpetuado por gurus de autoajuda ao longo da linha (incluindo Tony Robbins, Jim Rohn e assim por diante).
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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