Quando começar a nadar?
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 22/JAN/2024
Alguns questionamentos sobre o aprendizado de natação são comuns entre os pais e a comunidade em geral.
Quando uma criança deve aprender a nadar?
Não há muitas pesquisas disponíveis sobre qual idade é o “melhor” momento para iniciar as aulas de natação.
Estudos realizados na Austrália sugerem que as crianças começam a dominar a confiança na água e as competências básicas de locomoção aquática por volta dos quatro anos de idade.
A pesquisa foi feita com 264 crianças entre 2 e 7 anos de idade examinando o número de aulas, a idade em atingir um determinado padrão e o tempo de duração necessário para cada nível de natação. Aos 4 anos de idade, as crianças demonstraram a capacidade de atingir os níveis de confiança na água e habilidades básicas de locomoção.
A experiência mostra que há um problema nas pesquisas, a considerar: o local de aprendizado, a habilidade natural e a reação de cada criança, a metodologia empregada e a expertise do professor. Esses fatores contam muito no momento de aprendizagem.
Muitas escolas oferecem aulas para crianças a partir dos seis meses.
Essas aulas podem ajudar uma criança a se acostumar com a água, aprender a colocar o rosto para baixo e a fechar a boca. Eles também podem ser uma ótima oportunidade para criar laços entre pais e filhos, já que o cuidador está na água com a criança.
A pesquisa sugeriu até que a natação nos primeiros anos pode beneficiar as habilidades físicas, cognitivas e de linguagem entre crianças de três a cinco anos.
Um dos benefícios mais importantes de começar as aulas de natação cedo é que a criança aprenderá sobre segurança na água, diminuindo a preocupação constantemente com ela quando estiver perto da água.
Mesmo o bebê aprenderá rapidamente as habilidades necessárias para evitar o afogamento ao entrar acidentalmente em um corpo d’água.
Há vídeos circulando nas redes sociais mostrando bebês sendo jogados em piscinas e rolando para flutuar de costas sem ajuda.
Mas é desaconselhável a flutuaçãof orçada e a submersão em favor de estratégias mais adequadas ao desenvolvimento.
Ao considerar matricular a criança em aulas de natação, deve-se considerar a continuidade por um longo prazo até que ela realmente tenha as habilidades para se manter segura na água.
A consistência também é a chave. Após o aprendizado, a criança deverá nadar para não perder as habilidades aprendidas.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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