Modelo de progressão
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 24/JAN/2024
Reorganizar os horários de treino dos atletas de acordo com a sua idade biológica e de treinamento é complexo, mas, também, é um investimento que vale a pena ser aplicado.
Isso beneficia o monitoramento, desenvolvimento e o bem-estar físico dos atletas.
Separar os nadadores por semestre de ano de nascimento. Nascidos no 1º e 2º semestre do mesmo ano em que nasceram, nas classes de 8 a 12 anos.
Sabemos das dificuldades dos técnicos das classes de base: horário e espaço restritos, pouco apoio de auxílio de mão de obra, sobrecarga de trabalho. Mas, uma reorganização no sentido de maior observação e aplicação uniforme de treinamento pode ser traduzido em resultado.
Como treinador, o desafio de lidar com crianças mais novas é que elas têm dificuldades porque podem ainda não percebem o gosto ou paixão pela natação.
É aqui que treinar é um pouco mais que uma arte, já que é preciso se ajustar ao entusiasmo e à paixão de cada criança. É o momento de fazer com que ela se apaixone pelo que faz.
Além disso, como jovens nadadores, as crianças estão começando a ter consciência corporal e a usar várias partes do corpo.
A natação é uma forma de descobrirem como usam o equilíbrio, a agilidade, a coordenação e a visão para um melhor desempenho e podem determinar como desenvolvem habilidades físicas e sociais.
Observadas todas as características do local, das condições de trabalho, horários disponíveis, nível do grupo de nadadores, material disponível, temperatura da água, expertise do técnico, objetivos, é hora de programar.
Quanto maior o improviso, mais chance de errar.
Não há uma regra básica. O importante é criar um sistema de progressão de trabalho, respeitando as idades dos nadadores e na possibilidade de formar grupos que sejam os mais homogêneos.
O modelo abaixo é somente para exemplificar a necessidade de uma progressão.
Cada local e técnico tem suas características, metodologia e objetivos.
Qual é o seu modelo?
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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