Pesquisa diagnóstica – Técnicos de natação – Resultados – Parte 6
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 26/JAN/2024
RESUMO
Os técnicos desempenham um papel importante na carreira de um nadador. E na vida deles. Passam a ser uma referência.
Os resultados da pesquisa mostraram que a maioria dos que participaram eram experientes: 41,9% tinham mais de 50 anos e 37,1% possuíam mais de 30 anos de experiência profissional. 20,2% trabalham fora do Brasil, o que deixou a pesquisa mais interessante e abrangente.
Afirmaram que a graduação formal (universitária) é um ponto importante na formação de um técnico de alto nível. E que a fonte de informação mais frequente utilizadas por eles são os artigos científicos e as discussões com outros técnicos.
Quanto ao hábito de vida, buscam um equilíbrio entre o trabalho duro e a autodisciplina com hábitos saudáveis. Mesmo que, para muitos, há o conflito entre o trabalho profissional e os hábitos saudáveis de vida.
Consideram que a característica mais importante do técnico seja a do conhecimento da profissão em seus vários aspectos e, com relação aos seus atletas, a principal característica, e até missão, seja a de conseguir contribuir para o desenvolvimento dos nadadores a nível pessoal, social e esportivo.
Na análise de desempenho em competição, os pontos citados como prioritários foram tempo e divisão da prova. Ficaram em segundo plano, ciclo de braçada, saídas e viradas e comprimento da braçada. 78,2% afirmaram que usam o recurso de vídeo.
77,4% não utilizam aplicativos para auxiliar na elaboração e controle do treino.
46% não têm apoio de equipe multidisciplinar. Somente 12,1% trabalham com equipe multidisciplinar com mais de 4 profissionais.
62,9% trabalham sem assistente técnico. Dos que trabalham com assistente técnico, 41,4% tiveram seus assistentes escolhidos por terceiros.
#tecnicodenatacao #pesquisa #resumo
GOTAS OLÍMPICAS: PESQUISA DIAGNÓSTICA – TÉCNICO DE NATAÇÃO – RESULTADOS – PARTE 7 – FINAL – MUITO OBRIGADO!
SUGESTÕES DE PAUTA E NECESSIDADES
Os participantes da pesquisa deixaram temas que consideram importantes e que necessitam de uma abordagem mais profunda:
1- Treinamento Mental.
2- Congressos e Seminários.
3- A relação do técnico com a ciência e a aplicação dos resultados nos programas de treinamento.
4- Maior acesso e participação em Federações e Confederação.
5- Onde começa o alto rendimento?
6- Divisão de trabalho (estilos, distância, provas).
7- Valorização do profissional.
8- De que é preciso abrir mão para trabalhar o alto nível?
9- Relação entre número de técnicos e os que conseguem ter condições de trabalho.
10- Preparação física.
11- Formação contínua do técnico de natação.
12- Participação dos técnicos de alto nível nas classes de base (mirim/petiz).
13- Oportunidades do técnico de natação brasileiro.
14- Treinamento e mudanças climáticas.
15- Falta de calendário, datas, programação, comunicação, programa.
16- Periodização – variação e formatos.
17- Interferência das famílias no resultado dos nadadores.
18- Especificidade do treinamento.
19- Ética e doping.
20- Falta de integração com o esporte escolar.
21- Fiscalização dos profissionais.
22- Programa a Longo Prazo.
23- Programa Nacional de Natação.
24- Abandono da profissão – Trabalho exclusivo.
Algumas sugestões estavam repetidas.
Na oportunidade, agradeço as palavras de incentivo, a participação, a atenção e o tempo dispendido.
A partir do diagnóstico e dos temas sugeridos, vamos tentar aumentar a divulgação, a comunicação e a abordagem esperando que a pesquisa tenha sido um ponto importante no desenvolvimento da natação.
MUITO OBRIGADO! Até a próxima.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
Divulgação ISE – Reprodução autorizada pelo autor
O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(s) autor(es).