O caos no esporte
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 1º/FEV/2024
“A sorte não é nada mais do que a habilidade de aproveitar as situações favoráveis” – Orison Swett Marden.
Muitas pessoas não se desenvolvem tanto porque querem viver em um mundo habitado pela certeza, e é nesse momento que as potencialidades ficam estagnadas e não é possível ver as luzes que brilham na aparente escuridão do caos.
A teoria do caos e a ciência da complexidade determinam que as equipes esportivas estão sujeitas ao impacto de fatores caóticos que tornam o sucesso em eventos competitivos fora do controle direto do treinador.
Sorte e vários fatores ambientais também impactam na probabilidade de um treinador alcançar o sucesso competitivo.
Técnicos eficientes usam teorias e modelos com base científica para aumentar a probabilidade de alcançar o sucesso competitivo, mas não podem controlar os resultados competitivos.
Muitos treinadores confiam que o sucesso competitivo pode ser garantido através de uma combinação de trabalho árduo e do emprego de modelos de instrução e treino baseados em Newton.
A formação inicial de um atleta em qualquer esporte está associada a um determinado algoritmo de domínio passo a passo dos conhecimentos teóricos: a história de um determinado tipo de esporte, suas principais conquistas, características fisiológicas de diversos sistemas (circulação sanguínea, respiração, deslocamento, etc.) e o equipamento necessário.
Os técnicos que compreendem e apreciam o impacto do caos, da complexidade e da sorte na probabilidade de alcançar o sucesso competitivo podem experimentar níveis mais elevados de satisfação obtidos com a atividade de treinador, reduzir a probabilidade de sofrer esgotamento e aumentar a duração das suas carreiras de técnico esportivo.
No mundo real, trabalhar mais não garante o sucesso.
Nesse sentido, os bens intangíveis dos técnicos são: as habilidades profissionais, as capacidades organizacionais; o capital da reputação (o nome); conjuntos estruturados de dados, informações e conhecimento inteligentemente organizados para atingir os objetivos determinados.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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