Cenário Pós-DOHA – Masculino
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 25/FEV/2024
Como ficou o cenário competitivo, no masculino, após o Campeonato Mundial de Natação de Doha?
O critério é o mesmo que o usado para o feminino: avaliar os tempos da temporada 2023 (pela ausência de vários nadadores importantes em Doha), os tempos obtidos em 2024 e a montagem de um novo Ranking Mundial, combinando essas duas variáveis.
Pela dúvida de participação, foram excluídos da análise os nadadores russos.
No masculino, alguns tópicos podem influir na análise, como por exemplo, o tunisiano Ahmed Hafnaoui, que lidera o ranking em duas provas e teve uma atuação muito abaixo da expectativa em Doha (não conseguiu participar de nenhuma final nas provas em que participou).
Outra dúvida: quais provas irá participar, efetivamente, Leon Marchand (FRA), que está entre os 3 primeiros em 4 provas.
Reforçando, a atual classificação mundial em primeiro lugar não significa que um nadador seja certeza da medalha de ouro. No masculino, os chineses têm 4 nadadores em primeiro lugar e a França, 3. Nesse quesito, os USA têm apenas 1.
Entre os 3 primeiros classificados, os USA têm 8 nadadores, os australianos 6 e os chineses 5.
Os resultados obtidos em 2024 que alteraram o Ranking Mundial 2023, no masculino, foram: 50m nado livre (2º Vladyslav Bhukov (UKR), 21,38); 100m nado livre (RECORDE MUNDIAL – melhorou o tempo de 2023 (46,97) 1º (46,80); 1500m nado livre (3º Daniel Wiffen (IRL), 15,34,07); 200m nado costas (3º Hugo Gonzalez (ESP), 1,55,30).
Hugo é nadador espanhol, filho de pai espanhol e mãe brasileira.
O único brasileiro entre os 10 primeiros no Ranking Mundial 2023/2024 é Guilherme Costa, na prova de 400m nado livre (6º – 3,43,58 – 2023).
Este cenário mudará significativamente quando as Olimpíadas acontecerem, daqui a menos de seis meses.
Alguns nadadores que não aparecem entre os 10 primeiros no Ranking Mundial 2023/2024 e que fizeram grande figura em Doha podem virar o jogo.
Como, por exemplo, Diogo Ribeiro (POR), duas medalhas de ouro, primeiras medalhas de seu país.
No momento ele está em 14º lugar (51,17). Mas o estímulo, a vibração e aprendizado que adquiriu em Doha pode mudar todo o cenário.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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