Impacto no esporte de base
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 27/FEV/2024
Levantamento feito pelo Ministério da Cidadania mostra que quase metade das escolas de educação básica do país não tem espaço para os alunos praticarem esportes.
O estudo também levou em consideração a presença de piscina em apenas 2,7% delas.
A Constituição Federal estabelece como dever do Estado a promoção de ações que garantam o acesso ao esporte e ao lazer a toda a população brasileira.
No Brasil, 100,5 milhões de adolescentes e adultos com 15 anos ou mais não praticavam esporte ou atividade física em 2015. Os dados fazem parte do estudo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad): Prática de Esporte e Atividade Física divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre as pessoas com menor índice de instrução, a proporção das que não praticam algum esporte foi de 91%, caindo para 64,9% entre aquelas com nível superior completo.
Resumo: a maioria das pessoas no Brasil, principalmente crianças, não têm acesso à prática esportiva. Ponto fundamental para o desenvolvimento do esporte de base.
Nos últimos anos, os esportes aquáticos viram “desaparecer” dois grandes centros de desenvolvimento de atividade esportiva e do esporte de base: o Complexo Aquático da UNISUL (SC) e o Parque Aquático do DEFER (Complexo Aquático Claudio Coutinho), no DF.
Um deles, o DEFER (DF), após um manifesto popular e a iniciativa do Deputado Julio Cesar Ribeiro, através da Secretaria de Esportes do DF, estão na luta pela reabertura do espaço para a comunidade.
A Secretaria de Esportes e Lazer do DF publicou o aviso de abertura de licitação destinado à contratação de uma empresa especializada na prestação de serviços contínuos de limpeza, tratamento e conservação das piscinas do Complexo Aquático Cláudio Coutinho.
Já foram adquiridos aquecedores e filtros para garantir a reabertura e funcionamento das atividades no local.
A Cesar o que é de Cesar. A Julio o que é de Julio.
São poucas as pessoas que se dispõem efetivamente a lutar pelo esporte.
A luta não acabou e está sendo observada de perto pela Profa. @Magda Brasilia, ex presidente da Federação de Desportos Aquáticos do DF, e uma protagonista na colaboração do desenvolvimento dos esportes aquáticos no Brasil.
#EsporteDeBase #natacao #abandono #luta
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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