A perda é como uma doença silenciosa. Você não sente
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 05/MAR/2024
Em ano olímpico vale a pena lembrar alguns fatos. Os esportes competem entre si na visibilidade, na disputa de espaço por patrocínios e reconhecimento perante a sociedade.
A imagem da natação construída ao longo dos anos consolidou-se dentro e fora das piscinas. Um dos fatores importantes para o desempenho esportivo, político e social da modalidade foi a realização de grandes eventos da natação em território brasileiro.
A Copa do Mundo realizada na praia de Copacabana (1995), no Rio de Janeiro, foi a segunda em número de espectadores da história (70.000 pessoas), que assistiram à competição na piscina temporária construída para a competição, com entrada franqueada ao público. O Brasil foi vice-campeão.
O evento foi motivo de uma edição inteira da então FINA – Federação Internacional de Natação, hoje World Aquatics.
Outros eventos internacionais que merecem registro, realizados pela CBDA durante o período de contrato com os Correios, foram:
2006 – I Campeonato Mundial Júnior de Natação – realizado no Parque Aquático Júlio de Lamare.
A Copa do Mundo de Natação da FINA reúne nadadores de classe mundial em uma série de encontros de dois dias organizados entre agosto e novembro de cada ano. Foram realizadas no Brasil: Rio de Janeiro – 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2009, 2010. Belo Horizonte – 2003, 2004, 2005.
Durante os anos em que participou das Copas do Mundo de Natação, o Brasil ganhou 742 medalhas (180 de ouro, 244 de prata e 318 de bronze).
Além da divulgação da natação de forma sistemática, o evento proporcionava que o público pudesse conhecer de perto os expoentes da natação e contribuía com o aumento do nível técnico dos nadadores, que tinham a oportunidade de competir, com mais frequência, com alguns dos melhores do mundo.
A grande maioria com televisionamento ao vivo.
Há que se considerar ainda a realização dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e Jogos Olímpicos de 2016, ambos na cidade do Rio de Janeiro.
Inclusive, os Correios, que atuou como patrocinador dos eventos realizados no Brasil de 1991 a 2017, foi um dos patrocinadores dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Ponto de reflexão: as perdas são silenciosas e contundentes.
#natacao #eventos #perda #silenciosa
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
Divulgação ISE – Reprodução autorizada pelo autor
O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(s) autor(es).