Conceitos da natação de base
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 04/MAR/2024
A Natação de Base começa a ser analisada na medida em que se tem como cultura a prática esportiva, especificamente, a prática da natação.
Saber nadar é uma apólice de seguro, uma prevenção eficaz contra o afogamento, um dos flagelos da nossa sociedade. Em 2020, o afogamento foi no Brasil: 1ª causa óbito de 1 a 4 anos, • 2ª de 5 a 9 anos, • 3ª de 10 a 14 anos, • 4ª de 15 a 24 anos, e • 5.818 brasileiros (2.7/100.000 hab) morreram afogados.
Para aprender a nadar é preciso a motivação para a prática e ter acesso às piscinas e aprendizagem. Entram em cena dois atores fundamentais nesse processo, além do nadador em questão: os pais e o professor.
Estudos apontam a dificuldade de encontrar fatores isolados que induzam à identificação de talentos esportivos.
Outros fatores importantes a serem considerados, e que fazem a diferença, na falta de uma política nacional de esporte, são: os locais da aprendizagem, a expertise profissional, a metodologia, aulas que consigam atrair a admiração pela prática (brincar também faz parte do jogo). Fomentar a vontade de seguir adiante.
No primeiro estágio de desenvolvimento, as atividades tanto nas escolinhas quanto nos momentos de lazer com a família, em sua maioria, visam desenvolver nas crianças e jovens o gosto pela prática esportiva e o aprimoramento de habilidades básicas.
As primeiras competições precisam ser organizadas de forma a garantir um início de processo competitivo seguro. Entender o resultado. Motivar a continuar seguindo. A melhor estratégia são reuniões periódicas com pais e nadadores para fortalecer uma comunicação que possa sanar as dúvidas. Competir não é fácil.
A grande maioria dos nadadores não serão olímpicos. O desafio é que eles continuem na prática esportiva.
O processo é mais importante que o resultado.
Estimular e promover o foco, a comunicação, educação, disciplina, habilidade, disposição, vontade, resiliência, paciência, assiduidade, pontualidade.
Promover a gestão de carreira. Apoio familiar e encontrar o treinador certo.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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