Visão computacional
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: /MAR/2024
O sistema visual humano é um dos sistemas sensoriais mais importantes para atletas que competem em esportes olímpicos.
Isto não surpreende quando consideramos que nossos olhos estão constantemente examinando a concorrência e captando uma grande quantidade de informações.
Quando a equipe australiana de natação for a Paris em julho, a visão computacional – rastreando cada braçada nas piscinas de treinamento – terá enriquecido os mesmos insights preditivos que os levaram ao pódio nas Olimpíadas de Tóquio em 2021.
Além de nove medalhas de ouro, a Swimming Australia retornou do Japão com a confiança de que seus investimentos em análise de dados haviam valido a pena.
A Swimming Australia contratou a AWS em 2018 para transformar os dados coletados sobre o desempenho dos nadadores durante treinamentos e competições em ferramentas de tomada de decisão para treinadores.
O que começou com uma análise somente em competição, o sistema passou a ser uma rotina, que consegue captar imagens nos treinamentos, analisar a eficiência de cada braçada, de cada movimento, de cada virada e impulso na borda e transferir esses dados em uma combinação possível de resultados de competição.
Após a “previsão” para a competição, acontecem as análises durante as competições, dos nadadores australianos e adversários com confronto de informações e ajustes para a evolução.
A análise biomecânica em competições já acontece há algum tempo, com os locais sendo preparados para as equipes de análises dos países, em locais reservados para as filmagens.
Além disso, há um banco de dados disponível para os técnicos, que podem, mesmo à beira da piscina, em um tablet, acessar informações de seus nadadores e seus adversários e criar ou modificar as séries e trabalhos que estão realizando.
Informação que tem sido aplicada pela equipe australiana até mesmo na formação de revezamentos.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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