Fora da curva
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 12/JUN/2024
O 3o dia da seletiva australiana mostra a diferença de comportamento dos países que se preparam para conquistar medalhas e dominar o esporte em um trabalho bem elaborado, sério e com objetivos bem definidos.
Na prova de 200m nado livre feminino, as duas primeiras colocadas marcaram tempos ABAIXO DO RECORDE MUNDIAL.
As 8 nadadoras da final alcançaram o índice olímpico (1,57,26) e seis alcançaram o índice australiano (1,56,49).
1- Ariarne Titmus, 1,52,23 (recorde mundial); 2- Mollie O´Callaghan, 1,52,48 (tempo abaixo do recorde mundial que era dela mesma – 1,52,85); 3- Lani Pallister, 1,55,57; 4- Brianna Throssel, 1,55,74; 5- Shayna Jack e Jamie Perkins, 1,56,22; 7- Br Casteluzzo, 1,56,77 e 8- Meg Harris, 1,56,93.
O resultado da prova mostrou a possibilidade real pela disputa direta por duas medalhas de ouro: a prova individual, com duas atletas competindo pela medalha, e o revezamento, a qual é a recordista mundial da prova (7,37,50).
Ao impor um índice interno mais forte do que o da World Aquatics, a Austrália estava lidando com sua própria realidade, planejando formar uma equipe para ir aos Jogos visando lutar pela conquista de pódios.
Resultados assim aumentam a tendência da eliminação do índice B (este ano foi praticamente descartado em detrimento ao princípio da Universalidade) e a inscrição de até 3 nadadores por prova, por país.
Nos 50m nado livre masculino, dois nadadores abaixo do índice olímpico (21,96) e índice australiano (21,88): 1- Cameron McEvoy – 21,35; 2- Bem Armbruster (21,84).
O índice australiano para a prova dos 800m nado livre masculino (7,45,80) é quase 6 segundos mais forte que o índice olímpico da WA (7,51,65).
Dois nadadores atingiram o índice olímpico, mas somente o primeiro conseguiu fazer baixo do índice australiano: Elijah Winnington, 7,44,90. Sam Short, vice-campeão mundial em 2023 (7,37,76) ficou em segundo com 7,46,52.
Na prova de 200m nado borboleta masculino, nenhum nadador alcançou o índice olímpico (1,55,78), muito menos o índice australiano (1,54,97. Bowen Gough venceu com 1,56,18.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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