Briga de cachorro grande
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 26/JUN/24
A tentativa da Austrália de vencer os Estados Unidos em uma prova olímpica de natação pela primeira vez em 68 anos dependerá de Kaylee McKeown, Sam Short, das especialistas do nado livre feminino e da esperança de que a superestrela americana Caeleb Dressel não estoure em Paris.
Os australianos têm muito trabalho pela frente após o desempenho dos nadadores americanos nas seletivas olímpicas de Indianápolis, que terminaram no domingo (23).
A Austrália não vence os Estados Unidos em uma competição de natação olímpica desde as Olimpíadas de Melbourne, em 1956.
Em Tóquio, em 2021 os Estados Unidos ganharam 11 medalhas de ouro contra 9 da Austrália.
Foi a Austrália mais próxima dos Estados Unidos desde Melbourne.
No Campeonato Mundial de Natação de 2023 no Japão, a Austrália superou os Estados Unidos, ganhando 13 medalhas de ouro contra sete.
Mesmo excluindo provas não olímpicas dos campeonatos mundiais que não estarão no programa desde Paris, a Austrália ganhou 11 medalhas de ouro contra seis dos Estados Unidos.
Quase nenhum dos melhores nadadores competiu no campeonato mundial em Doha antes deste ano.
Porém, os resultados das seletivas conseguem avaliar o desempenho dos nadadores antes das Olimpíadas. É claro que a pressão nas Olimpíadas será diferente e o resultado poderá mudar.
São 28 medalhas de ouro em provas individuais de natação nas Olimpíadas – 14 masculinas e 14 femininas – em mais sete revezamentos.
Com base nesses critérios, os Estados Unidos vencerão a Austrália em 19 dos 28 eventos individuais.
Isso não significa que todos ganharão medalhas de ouro.
A força da Austrália permanecerá nas provas de estilo livre, com Shayna Jack (50m livre), Cam McEvoy (50m livre), Mollie O’Callaghan (100m livre), Ariarne Titmus (200m e 400m livre) e Elijah Winnington (400m e 800m livre), todos com tempos melhores em 2024 do que seus rivais americanos.
Em contrapartida, das 16 provas além do estilo livre, McKeown (200m costas e 200m medley individual) é o único australiano a ter um tempo mais rápido em 2024 do que um nadador americano.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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