Nova Zelândia consegue medalha de ouro na natação antes de começar
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 15/JUL/2024
Faltando menos de três semanas para o início das Olimpíadas de Paris, a equipe olímpica da Nova Zelândia conquistou uma medalha de ouro antecipada antes mesmo de competir.
Recentemente, o NZOC (Comitê Olímpico da Nova Zelândia) recuperou a primeira medalha de ouro olímpica conquistada pelo nadador Malcolm Champion (1982/1939) nos Jogos Olímpicos de 1912 em Estocolmo, Suécia.
Champion recebeu a medalha originalmente como membro da equipe de revezamento 4x200m livre da Australásia, juntamente com os australianos Harold Hardwick, Cecil Healy e Les Boardman.
A equipe concluiu em 10:11.6 e estabeleceu um novo recorde mundial na época. Foi também a última vez que a Austrália e a Nova Zelândia se enfrentaram como uma equipe da Australásia nos Jogos Olímpicos.
Apesar de não ter sido a única medalha olímpica da carreira de Champion, ele foi um dos nadadores mais importantes de seu tempo, conquistando títulos nacionais da Nova Zelândia em todas as distâncias, dos 200m livre até a milha.
Em 1990, ele foi inserido no Hall da Fama dos Esportes da Nova Zelândia.
A medalha de campeão foi a única medalha de ouro olímpica da Nova Zelândia na natação até Danyon Loader vencer os 200 m livre e os 400 m livre nos Jogos Olímpicos de 1996 em Atlanta.
A medalha teria sido doada ao Comitê Olímpico da Nova Zelândia por um doador australiano, cuja família recebeu a medalha da família de Champion na década de 1940.
A presidente-executiva do NZOC, Nicki Nicol, falou sobre a doação, destacando o significado histórico da medalha, especialmente com os Jogos Olímpicos de Paris 2024 se aproximando: “Estamos extremamente satisfeitos por termos recuperado um tesouro tão significativo e especial do passado esportivo da Nova Zelândia”.
De acordo com Nicol, a medalha viajará para Paris com a Equipe Olímpica da Nova Zelândia e permanecerá com a equipe na vila olímpica.
Falando em 4x200m nado livre masculino, seria muito importante uma revisão histórica, por questão de justiça, para que o revezamento do Brasil, bronze em 1980 nessa prova, conseguisse ter uma justa classificação, face aos casos sugeridos de doping da Rússia e Alemanha Oriental.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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