Enquanto não começam os Jogos....
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 22/JUL/2024
Enquanto os Jogos Olímpicos não começam, é possível realizar análises e estatísticas que auxiliem a entender melhor o maior evento do planeta.
Apesar dos Estados Unidos liderarem o quadro de medalhas de todos os tempos das Olimpíadas de Verão e da União Soviética ter a maior média de medalhas por evento, as Bahamas têm a maior contagem de medalhas per capita.
Com 8 ouros e 16 medalhas olímpicas no total, e uma população de menos de 290.000 pessoas em 2020, as Bahamas ganharam cerca de 56 medalhas por milhão de pessoas.
Até os Jogos de 2020, a Finlândia teve o maior número de medalhas per capita, devido ao seu legado em provas de atletismo e de luta em meados do século XX.
Com 511 medalhas no total, a Hungria, com atuação consistente, é a nação mais bem-sucedida que nunca sediou as Olimpíadas de Verão.
A Hungria ganhou um bom número de medalhas em eventos de esgrima, natação e canoagem, e está no topo do quadro geral em eventos de pentatlo e polo aquático.
Quando falamos de medalhas de ouro per capita, a Hungria está em segundo lugar com pouco menos de 19 medalhas por milhão de habitantes.
Os países que ganharam mais medalhas no geral nem sempre têm os maiores totais per capita.
Por exemplo, a China tem a quarta maior quantidade de medalhas de ouro de todos os tempos, mas, como a China tem a maior população do mundo, isso se traduz em apenas 0,18 ouros por milhão de pessoas.
Os EUA ganharam um total de 3 ouros e 8 medalhas totais por milhão de pessoas, enquanto a União Soviética ganhou menos de quatro medalhas por milhão de pessoas, com base em sua população em 1990.
Nessa estatística de medalha por milhão de habitantes, Portugal está em 49º lugar (2,74), a Argentina está em 51º lugar (1,7) e o Brasil em 60º lugar (0,7).
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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