Superando problemas para disputar o pódio

Samuel Short tentará o ouro olímpico nos 400m, 800m e 1.500m livre masculino em Paris, com possibilidades reais de subir ao pódio nas 3 provas.

Esse feito é ainda mais incrível, dado que há apenas três anos, o jovem de 20 anos quase abandonou o esporte.

O nadador australiano Samuel Short cresceu em Maroochydore, na Sunshine Coast e, como toda sua família, envolvido com o clube de surfe local desde jovem.

Para fazer parte do clube, ele teve que aprender a nadar, o que o levou a se tornar um nadador profissional.

Short ainda é ativo no clube.

Há dois anos, enfrentou um desafio de saúde com o diagnóstico de melanoma estágio dois (câncer de pele), mas conseguiu competir antes de passar por cirurgia.

Nas seletivas da Swimming Australia para as Olimpíadas de Tóquio, no meio da pandemia, Short era um talento em ascensão.

Com apenas 17 anos, a Covid-19 havia acabado com os sonhos de competir no cancelado campeonato mundial júnior.

Mas nas seletivas olímpicas em Adelaide, Short ficou em segundo lugar nos 1.500m com um tempo dentro do padrão oficial de qualificação da World Aquatics. Mas, abaixo do índice australiano que, como esse ano, é mais forte que o oficial.

Pensou em abandonar. Resolveu continuar.

Apesar dos bons resultados de Short no campeonato mundial do ano passado, ele entra nas Olimpíadas de Paris como um azarão depois que uma doença afetou suas performances nas recentes seletivas em Brisbane.

Short se classificou em segundo nos eventos de 400m e 800m, atrás de Elijah Winnington, em ambas as ocasiões, antes de se retirar da corrida de 1.500m – embora ele ainda possa disputar o evento em Paris, com problemas estomacais.

“Não vou entrar como número um do mundo”, afirmou Short. “Entrar um pouco abaixo do radar definitivamente me beneficiará”.