O impacto da tecnologia no futuro da natação
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 02/AGO/2024
A natação tem criado novos padrões no esporte e promete superar os limites no futuro.
A tecnologia alterou a natação competitiva, produzindo tempos mais rápidos, programas de treinamento aprimorados e desempenhos superiores dos atletas.
A tecnologia de ponta afeta desde trajes de competição, toucas, óculos, equipamentos, programas, análises biomecânicas, controle e instalações esportivas.
Ao analisar o futuro, a utilização de inteligência artificial em programas de treinamento e a evolução constante de equipamentos e técnicas de natação indicam um cenário promissor e emocionante para o esporte.
Com a utilização da IA é possível analisar muitos dados em tempo real, fornecendo feedback imediato para atletas e treinadores, além de auxiliar na adaptação de programas de treinamento.
Essa abordagem científica de treinamento, apoiada por tecnologia sofisticada de natação, possibilita aos atletas otimizar tudo, desde a técnica até sua dieta.
A onda de inovação tecnológica não para e impacta todos os setores do esporte.
Os Jogos de Paris mostraram o quanto é sensível o uso da tecnologia na natação ao provocar a polêmica sobre a profundidade da piscina.
As regras devem ir se adaptando às inovações.
Os nadadores usam o limite das regras na tentativa de melhor desempenho.
Para um controle maior, são utilizadas câmeras subaquáticas que permitem apurar as infrações cometidas.
As decisões humanas mais sensíveis às limitações, vão sendo substituídas pela tecnologia.
O nadador britânico Luke Greenbank, 26, foi desclassificado dos 200 m costas masculino na quarta-feira, após ter ficado em primeiro lugar na série em que competiu. A revisão, por imagem, mostrou que ele ultrapassou o limite dos 15 metros regulamentares, no nado subaquático, após a virada.
Na verdade, mesmo com as imagens, os movimentos, se não forem exagerados, são muito difíceis de uma avaliação sem a análise de uma tecnologia mais apurada.
A próxima inovação deverá ser a utilização de sensores nesse quesito.
E, assim, a evolução não para.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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