Gêmeos Digitais
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 26/SET/2024
Os países com mais medalhas nas Olimpíadas e Paralimpíadas combinam talento e tecnologia.
Nos últimos anos, os atletas australianos e americanos se prepararam para competir em Paris, Los Angeles e Brisbane. Novas tecnologias, como inteligência artificial e sensoriamento quântico, estão sendo criadas por cientistas esportivos para melhorar o desempenho.
Ferramentas assistidas por Inteligência Artificial (IA) estão sendo utilizadas por atletas em todo o mundo.
Ao personalizar o treino, alimentação e competição, a inteligência artificial pode se tornar uma parte essencial do esporte.
Os dados podem ser combinados com IA para melhorar o desempenho, prevenir lesões de longo e curto prazo e melhorar o treinamento.
Os cientistas da área esportiva estão criando gêmeos digitais de atletas, que podem ser testados em diferentes ambientes para prever o desempenho.
A réplica digital também pode ser adaptada para orientar sobre nutrição, técnica e estratégia.
Por exemplo, um gêmeo digital pode ser capaz de testar diferentes técnicas para encontrar a forma ideal para o corpo de um nadador se mover na água.
A matemática, a física e a tecnologia revolucionaram a natação.
A ideia é que os detalhes biomecânicos e hidrodinâmicos sejam variáveis de um problema físico e matemático complexo.
Ao otimizar essas “variáveis”, os nadadores podem atingir quase a perfeição.
Hoje, o advento da tecnologia de sensores transformou essa ideia em uma realidade na qual a matemática e a física produzem informações úteis para que os treinadores possam “treinar com precisão” os aspirantes olímpicos.
Desde 2015, equipes de pesquisadores da Emory University e da University of Virginia vêm equipando nadadores com dispositivos chamados unidades de medição inercial para registrar a aceleração, orientação e força de seus corpos.
Ao contrário do vídeo digital típico, que registra 24 quadros por segundo, esses sensores capturam informações 512 vezes por segundo.
Palavras chave: Esporte; Tecnologia; Inovação.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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