Derreteu
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 22/Out/2024
Está em fase de transição um período difícil de gestão na Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, desde 2017. A organização está se preparando para escolher seu líder no período de 2024/2028.
Os resultados e a consideração desapareceram, e a natação, a principal modalidade esportiva, em Paris, obteve o pior desempenho do século.
Um período em que uma das mais conceituadas e respeitadas organizações olímpicas brasileiras “derreteu”.
A eleição parece um acontecimento oculto. Não é noticiado na mídia e há um desinteresse incomum da comunidade.
A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) coordena cinco modalidades: natação, polo aquático, saltos ornamentais, maratonas aquáticas e nado artístico.
Duas chapas foram inscritas para concorrer às eleições da CBDA, que serão realizadas no dia 7 de novembro, na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
Diego Albuquerque, atual Presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos, foi indicado como candidato à presidência e Marcelo Caldas Falcão, Presidente da Federação Aquática Pernambucana, apoiador do atual presidente, Luiz Coelho.
Na outra chapa, Renato Cordani, Vice-presidente da CBDA, rompeu com o atual presidente e foi um dos líderes do trágico movimento conspiratório do ex-presidente que sofreu impeachment, Miguel Cagnoni. Com ele, Poliana Okimoto, atleta olímpica e medalhista na Rio 2016.
Renato Cordani teve duas derrotas antes das eleições.
Terão o direito de votar as 27 Federações Estaduais, os 14 membros da Comissão de Atletas e os cinco clubes campeões de cada modalidade aquática.
Cordani questionou a CBDA sobre a escolha do clube campeão de polo aquático e a legitimidade da atleta Celine Bispo na Comissão de Atletas.
As duas tentativas de impugnação foram rechaçadas pelo DESPACHO 02/2024 da COMISSÃO ELEITORAL.
Falta pluralidade no Colégio Eleitoral.
A exemplo do COB, os técnicos continuam de fora e é preciso ampliar a atuação dos clubes.
Palavras chave: CBDA; Gestão; Eleições.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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