Cuidado com lesões
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 06/Nov/2024
O treinamento de natação envolve movimentos repetitivos dos ombros que fornecem forças propulsivas usando os braços para deslocamento do corpo através da água.
O overtraining (sobreuso) na natação causa fadiga muscular que pode levar à redução da eficiência do músculo manguito rotador e ao posicionamento ineficaz da escápula durante cada braçada.
Outro grande fator de risco para nadadores e lesões no ombro é o desequilíbrio muscular que leva à instabilidade, que resulta da frouxidão ligamentar e aumento da amplitude de movimento.
Os treinadores têm um papel importante na identificação e na ação preventiva de lesões no ombro por meio do monitoramento da carga de treinamento, correção de certos segmentos da técnica de natação (nado), fortalecimento e alongamento muscular no chamado treinamento “seco” para nadadores.
Ao usar um pára-quedas na natação em faixas etárias menores, o principal problema é que ele pode fornecer muita resistência e ser prejudicial ao desempenho da natação.
Algumas sugestões para o uso de para-quedas:
Usar em distancias curtas com boa qualidade de trabalho em velocidade.
Não usar o tempo todo: Não o use o tempo todo para o seu treinamento de resistência de base.
Combinando com outros dispositivos: Evitar o uso do pára-quedas com pé de pato ou palmar.
Usando para treinamento de resistência de base: Não use um pára-quedas para treinamento de resistência de base.
Escolher um pára-quedas com uma bóia de estabilização ajustável.
Deixar bastante descanso entre as séries.
Manter o pára-quedas entre as pernas.
Certificar de que o pára-quedas não interfere na técnica de natação
Tamanho do pára-quedas: Se o pára-quedas for muito grande, o nadador nadará mais devagar à medida que a água sair pelas laterais.
Treinamento de resistência: Você não deve usar um pára-quedas de natação para sessões de resistência prolongadas.
Equipamento emaranhado: Livrar o equipamento para não enrolar nos pé e no corpo.
Bom treino!
Palavras chave: Natação; Ombro; Lesões.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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