Entre o impossível e o impensável
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 26/Dez/2024
A principal diferença entre “impensável” e “impossível” é que “impensável” significa que algo é tão difícil de imaginar ou aceitar, enquanto “impossível” significa que algo não é possível ou não pode ser feito.
Impensável é tão chocante ou desagradável que é difícil de imaginar ou aceitar. Por exemplo, “Um ataque nuclear em larga escala é impensável”.
Impossível é algo que não é possível ou não pode ser feito. Por exemplo, “É impossível prever o futuro”.
O conceito de “impensável” pode variar com base no contexto.
Alguns filósofos argumentam que qualquer coisa que exista ou possa ser imaginada é pensável. No entanto, há conceitos ou cenários que podem estar tão distantes de nossa compreensão ou experiência que parecem impensáveis.
Certos eventos ou experiências traumáticas podem ser considerados impensáveis para os indivíduos. Por exemplo, a ideia de perder um familiar ou vivenciar violência extrema pode ser tão angustiante que as pessoas podem evitar pensar sobre isso completamente.
Diferentes culturas têm limites variados para o que é considerado impensável. Por exemplo, certos tabus ou limites morais podem ser considerados impensáveis em uma cultura, mas aceitáveis em outra.
Na ciência, alguns fenômenos podem parecer impensáveisdevido às limitações atuais de entendimento ou tecnologia.
Em resumo, embora possa haver coisas que pareçam impensáveis em certos contextos devido às limitações culturais, emocionais e cognitivas.
No esporte, algumas marcas, tempos ou conquistas extraordinárias, podem-se usar o termo de impensáveis, quando ocorrem.
O que valoriza ainda mais o conceito de impensável é quando quem próprio consegue o feito, imaginava que ele mesmo não fosse capaz de alcançar.
No campeonato mundial de natação em piscina curta em Budapeste, Noè Ponti conseguiu o que muitos, incluindo ele, achavam impensável: quebrar um recorde mundial de Caeleb Dressel. Na final dos 100m borboleta, Ponti ficou abaixo da marca de Dressel de 4 anos, de 47,77, chegando ao ouro em 47,71.
Mas muitas das limitações do impensável e do impossível estão no próprio ser humano.
Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez.
Palavras chave: Natação; Impossível; Impensável.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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