A paixão é a força motriz que impulsiona muitos a se envolverem com a natação, especialmente na base.
Técnicos dedicados, pais engajados e atletas apaixonados são fundamentais para o desenvolvimento do esporte.
No entanto, essa paixão, quando não acompanhada de conhecimento em gestão, pode levar a decisões amadoras, falta de profissionalismo e dificuldade em atrair e administrar recursos.
A gestão de clubes por pais de atletas ou voluntários, embora bem-intencionada, pode carecer de expertise em áreas como planejamento estratégico, marketing esportivo, finanças e direito esportivo. Há exceções.
Isso pode resultar em dificuldades para obter patrocínios, administrar orçamentos, negociar contratos e garantir a sustentabilidade financeira dos clubes.
A pressão por resultados imediatos, tanto por parte dos gestores quanto dos órgãos diretivos, pode levar a um foco excessivo no alto rendimento em detrimento do desenvolvimento de longo prazo.
Essa mentalidade pode prejudicar o trabalho de base, a formação de novos talentos e a construção de uma estrutura sólida para o futuro da natação.
Embora o alto rendimento seja importante para inspirar e motivar, negligenciar a base pode comprometer o futuro da modalidade.
Há falta de critérios claros, transparentes e consistentes na distribuição de recursos, o que pode gerar injustiças e desmotivação.
A avaliação baseada unicamente em resultados de curto prazo desvaloriza o trabalho de longo prazo realizado pelos clubes e técnicos na formação de atletas.
A falta de recursos adequados para a base pode dificultar a manutenção de estruturas de qualidade, a contratação de técnicos qualificados e o desenvolvimento de programas de treinamento eficazes.
Isso pode levar à evasão de talentos, à desmotivação de técnicos e à estagnação da modalidade.
A ausência de profissionais com formação em gestão esportiva nos clubes e órgãos diretivos é apontada como um dos principais problemas.
Isso dificulta a implementação de práticas de gestão modernas, a atração de investimentos e o desenvolvimento de projetos inovadores.
A rotatividade de dirigentes, especialmente em órgãos como a presidência, pode comprometer o planejamento de longo prazo e a implementação de políticas consistentes.