É muito difícil acertar um sistema justo para eleger os gestores do esporte. A natação vive um momento delicado.
Competições com problemas de organização, calendário equivocado, locais distantes, cobrança indevida de ingressos para os responsáveis mesmo com os clubes que realizam as competições recebendo verbas públicas…quem paga essa conta tem um direito limitado de escolha de seus representantes máximos: os clubes e os nadadores.
Somente os clubes campeões absolutos têm direito a voto.
Diante dos desafios crescentes no cenário esportivo nacional e internacional, da necessidade de ampliar a visibilidade da modalidade e da busca por resultados mais expressivos e parceiros, torna-se ainda mais importante democratizar a escolha da direção da entidade máxima da natação.
Há que ampliar a pluralidade de votos.
Garantir que, pelo menos, os clubes regularmente filiados e ativos como maior número de nadadores registrados tenham direito a voto, independentemente do seu desempenho absoluto em competições. Isso daria voz a uma gama maior de realidades e necessidades dentro da natação.
Aumentar o número de representantes na Comissão de Atletas, com direito a voto. Outra sugestão é dar direito de voto aos medalhistas olímpicos da modalidade.
Avaliar a possibilidade de incluir técnicos e talvez até árbitros no colégio eleitoral, ponderando seus votos de forma adequada. Isso traria diferentes perspectivas para a escolha da gestão.
Definir critérios claros de elegibilidade para os candidatos à direção da entidade, como experiência em gestão esportiva, conhecimento da modalidade e ausência de conflitos de interesse.
Uma direção eleita por um sistema mais plural e representativo teria maior legitimidade para abordar os principais desafios, buscando soluções que atendam aos interesses de toda a comunidade da natação, e não apenas de um grupo seleto.
A pressão de um colégio eleitoral mais amplo poderia incentivar a gestão a ter mais responsabilidade às necessidades dos clubes, atletas e seus responsáveis.
E você? O que acha?