As recentes competições de base, como os Regionais de Mirim e Petiz, têm deixado um gosto amargo na boca de atletas, pais, dirigentes e treinadores.
Os relatos de desorganização, erros de arbitragem, instalações precárias e descaso com os participantes se multiplicam nas redes sociais, expondo uma crise que vai além de falhas pontuais.
O que estamos vendo é um sintoma de um problema mais profundo: a falta de profissionalismo em algumas instâncias da gestão esportiva.
Enquanto muitos clubes investem em estrutura, tecnologia e organização, as entidades que deveriam reger o esporte muitas vezes ficam aquém do mínimo esperado.
Esse cenário abre espaço para uma tendência preocupante: a busca por alternativas.
Clubes estão percebendo que podem organizar seus próprios eventos, com:
Custos mais controlados: Eliminando taxas de inscrição elevadas e aluguéis de piscina abusivos.
Gestão eficiente: Utilizando softwares e ferramentas online para cronometragem, resultados e comunicação.
Experiência otimizada: Adaptando horários, formatos e premiações às necessidades dos atletas.
Menos burocracia e erros: Agilizando processos e evitando decisões controversas.
Maior valorização dos participantes: Priorizando o respeito, o reconhecimento e o bem-estar.
A tecnologia, que deveria ser uma aliada das entidades, pode se tornar um catalisador dessa “fuga”.
Se a natação oficial não se modernizar, não abraçar a inovação e não colocar o atleta no centro de suas decisões, o futuro das competições pode ser drasticamente alterado.
O alerta está dado. Resta saber se será ouvido.