Teoricamente, a cada ciclo olímpico, os resultados melhoram e surgem novos talentos de baixo para cima.
Não se aplica à natação brasileira em geral.
Ao analisar os melhores desempenhos do Ranking Brasileiro de 2021 e 2024 (ciclo olímpico), notei o seguinte:
– Em 2024, 57,14% dos resultados femininos são inferiores aos de 2021.
– No sexo masculino, a situação é ainda mais alarmante: 78,57% dos resultados de 2021 superam os de 2024.
Alguns personagens permanecem os mesmos nos dois anos e alcançam desempenhos ainda piores em 2024. Dois diagnósticos: ausência de progresso técnico e de renovação.
Certamente, circunstâncias como essa contribuíram para o pior desempenho do século da natação brasileira em Paris.
Há, também, ausência de modificação no planejamento do próximo ciclo olímpico.
O Troféu Maria Lenk será realizado a menos de um mês, com preparação insuficiente dos clubes para a principal competição de natação do país, com calendário pobre de preparação para a competição (os clubes estão preferindo realizar tomadas de tempo internas que participar de torneios regionais) e nadadores que vivem e estudam no exterior sem tempo adequado de adaptação da piscina de jardas para metros.
Gestão esportiva é um campo que combina habilidades de negócios, esportes e gestão para garantir que as organizações esportivas funcionem sem problemas.
Os resultados são frutos de boa comunicação, liderança, análise de dados, pensamentos rápidos para novas soluções, recursos financeiros, marketing, gerenciamento de instalações, produção de um calendário compatível com as necessidades da modalidade, tomar decisões, ouvir a comunidade e resolver problemas.
Os resultados não vêm como um passe de mágica. O sucesso é alcançado por meio de um esforço consistente ao longo do tempo.