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Data: 12/mar/2022
Por: Ricardo de Moura
Zorro é um personagem de ficção, criado em 1919 pelo escritor norte-americano Johnston McCulley.
Para defender os fracos e oprimidos, durante a era da California espanhola (1769-1821).
O personagem se transformava no Zorro (raposa, em espanhol), se vestia totalmente de preto, escondendo sua identidade por trás de uma máscara que mostrava apenas seus olhos e seu fino bigode.
Por onde passava deixava sua marca feita pela espada: fazia um Z.
Imortalizou a letra Z. De Zorro.
A letra Z é a vigésima sexta e última letra do alfabeto latino.
Tem suas origens no alfabeto fenício, era a letra zain que significava arma e era representado pela figura de uma adaga.
Quem diria que, um dia, a letra Z sairia da ficção para entrar em uma dura realidade e significar ameaça.
Ela chamou a atenção nas redes sociais depois que tanques russos com “Z” nas laterais foram vistos a caminho da Ucrânia.
Difícil explicar por que o Z.
Acredita-se que o símbolo seja simplesmente uma maneira de os militares da Rússia identificarem suas próprias forças. Parece que o Z é uma marcação comum em equipamentos militares russos.
Ganhou força nas redes sociais e no mundo.
Hoje, significa apoio à ação da Rússia na invasão da Ucrânia.
Lembra a simbologia do nazismo…
O Z chegou no esporte.
Copa do Mundo de Ginástica. Março, 2022. Doha.
O russo Ivan Kuliak levou o bronze e colocou o “Z” que passou a simbolizar a guerra de Putin, no uniforme, na cerimônia de premiação.
Kuliak estava proibido de usar cores e códigos russos sob a segunda proibição de toda a nação imposta pelo COI à Rússia desde 2015, com base em evidências claras de doping sistemático com autorização do governo russo.
Não usou RUS, usou Z.
Estranhamente, ninguém observou isso na câmara de preparação para a cerimônia de premiação.
Após o leite derramado, a Federação Internacional de Ginástica afirmou que vai punir o atleta.
No dia 28 de fevereiro, o Comitê Olímpico Internacional divulgou uma “recomendação” pedindo às federações e organizações internacionais que banissem os atletas russos de suas competições.
A maioria aceitou. Outros, permitiram os atletas competindo sob uma bandeira neutra.
Medidas intermediárias com a Rússia e Putin já mostraram que não funcionam.
Nem na guerra, muito menos no esporte.
O futebol foi radical.
Em ano de Copa do Mundo, a Rússia foi excluída da classificação para a competição.
A FIFA anunciou a abertura de um mercado excepcional para jogadores e treinadores estrangeiros empregados nas ligas russa e ucraniana. Eles poderão ter seus contratos “suspensos” até o final da temporada e estarão livres para se mudar para outro lugar.
A gestão do esporte é complexa. A preparação para os Jogos de Paris pode estar comprometida pelo aumento dos custos de preparação, modificação do calendário, sucessiva troca de locais para treinamentos e competições internacionais, entre outras variáveis.
O Brasil leva desvantagem. Está em um continente que domina, as principais competições e centros de treinamento estão na Europa ou Estados Unidos
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