Excelência é um hábito

A Australia realizou suas eliminatórias para os Jogos do Rio 2016 com 114 dias de antecedência.

Para os Jogos Olímpicos de 2021, as eliminatórias australianas se realizaram com uma antecedência de 35 dias. Tiveram grandes resultados.

Para o Mundial de 2022, as eliminatórias foram feitas com 27 dias de antecedência. Com dois recordes mundiais: 400 m livre feminino e 200 m peito masculino.

A natação pós pandemia tem mostrado mudanças nas rotinas, nos hábitos e nas práticas tradicionais. Muitos técnicos observaram que faziam muitas coisas, no mínimo, equivocadas.

A começar pela periodização. Estão sendo aplicados período mais curtos, objetivos com maior controle. Maior e melhor a equipe multidisciplinar com gestão plana – participação de todos os envolvidos no processo, com poder de decisão.

Maior criatividade no planejamento de treino. Sem copiar ou repetir outros modelos ou trabalhos passados. Coragem para inovar. Ser o primeiro a fazer.

A reflexão não está só no macro e mesociclo. Há uma preocupação com a recuperação do atleta. Horário das sessões de treino, intervalo entre elas, a rotina do atleta fora dos treinamentos, qual o descanso necessário. Evitar o cansaço cumulativo. Valorizar a produção técnica. Movimentos eficazes e altamente eficientes.

Natação é reflexo condicionado. Não adianta nadar com técnica ruim, movimentos abaixo do padrão, aerodinâmica ineficaz e de baixa qualidade. Fazer certo consistentemente.

Para treinar velocidades mais próximas da velocidade da prova, as séries estão com tendência de volumes menores. No número de repetições e nas distâncias.

A velocidade é tão importante que precisa ser aprimorada, nutrida e desenvolvida durante todo o ano. Como a resistência, a flexibilidade, a potência e a força.

Não trabalhar o “detalhe” somente nas partes finais da temporada. Velocidade e técnica. É preferível não fazer que fazer errado.

Excelência é um hábito.