Água: "Fábrica para construir os sonhos e alimentar a paixão"
Data: 15/jun/2022
Por: Ricardo de Moura
David Popovic é um nadador romeno, nascido em Bucareste em 15 de setembro de 2004.
Com 16 anos ele bateu o recorde mundial junior dos 100 m livre com 47,30.
A SwimSwam publicou uma carta aberta do nadador, com afirmações inspiradoras aos nadadores mais novos e à toda a comunidade aquática.
Em um mundo absolutamente egoísta e materialista, chegam a ser surpreendentes as afirmações de um jovem que vem se tornando referência no país e no mundo, através do esporte.
Na verdade, as expressões de David reforçam o que foi escrito nas minhas duas últimas postagens. Como um testemunho.
De forma espontânea ele afirma ser: “a soma de todas as coisas que me foram dadas pelas pessoas que me amam, com paciência e atenção”.
Afirma que a família foi, é e sempre será sua “rocha”. Diz que a mãe e o pai (Adrian) foram as pessoas com quem mais ele aprendeu.
Era uma criança hiperativa com escoliose. Razões pelas quais foi levado pelos pais a praticar natação. Na piscina onde ele treina até hoje.
Na água, foi amor à primeira vista. Diz recordar cada momento da primeira aula de natação. Lembra que sentiu imediatamente estar no lugar certo – como um peixe.
O corpo esguio encontrou a confiança.
Afirmou que, a partir daquele dia água não foi apenas o lugar onde ele se sentia bem, mas também a fábrica onde podia construir seus sonhos, alimentar sua paixão.
O tempo que não estava nadando ele passava assistindo as lendas da natação. Estudava os movimentos e o pai congelava a imagem para mostrar os erros que cometia na água, para explicar que entre ele e aquele monstro havia “só” muitas horas de treino.
Mesmo nos momentos difíceis dos treinos da madrugada, não houve uma única vez em que seus pais deixaram de dar apoio e demonstrar amor infinito e enorme respeito pelos seus sonhos.
Horas e horas gastas em cada detalhe. O pai e ele conversam muito sobre natação. De acordo com especialistas, a maneira como ele nadava era semelhante ao estilo de Ian Thorpe.
Diz que Tóquio foi um grande aprendizado e diversão.
Viu que aqueles ao seu redor eram gigantes da natação. Na final pensou: “cada raia é uma chance”. Ficou em 7º.
Nos últimos 50 metros, na final, ele se pegou falando com a água: “Eu amo a natação pra “c***” !
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