Tecnologia: os lados da moeda
Data: 20/mar/2023
Por: Ricardo de Moura
O lema olímpico é “Citius, Altius, Fortius”. Mais rápido, mais alto, mais forte.
Essa dinâmica é o que move as competições desde as primeiras Olimpíadas da Grécia antiga e, para os melhores nadadores do mundo, significa uma coisa: tocar a mão na chegada mais rápido do que qualquer outro na história.
Justamente quando se pensa que um atleta atingiu o limite do desempenho humano, que ninguém jamais poderia ser mais rápido, aparece alguém para provar o contrário.
Desde a primeira prova olímpica de natação em 1896, ocorreram muitas melhorias alavancadas na tecnologia que ajudaram os atletas.
Placas de chegada, software de gerenciamento de competição, monitoramento de frequência cardíaca, biomecânica, câmeras subaquáticas… todos são avanços tecnológicos que foram trazidos para a natação.
Todos os anos há um novo equipamento para comprar para ser utilizado na piscina ou no treinamento. Caminho sem volta.
Analisando de uma forma geral, a tecnologia no esporte pode ter aspectos bons e ruins, dependendo de como é utilizada e integrada.
Bom:
• Melhora a precisão e justiça das decisões de arbitragem.
• Permite uma análise mais detalhada do desempenho dos atletas, ajudando treinadores e atletas a identificar pontos fortes e vencer e aprimorar suas habilidades e estratégias.
• Promove o avanço de equipamentos na construção das piscinas, periféricos (blocos, raias, etc), trajes dos atletas através de tecnologias avançadas.
• Facilita a transmissão de eventos esportivos para um público mais amplo através de plataformas de streaming e mídias sociais.
Ruim:
• Pode criar uma desigualdade entre atletas com diferentes recursos financeiros, já que algumas tecnologias são caras e não estão disponíveis para todos os atletas.
• Pode levar a uma dependência excessiva de tecnologias de análise de desempenho, tornando os atletas menos intuitivos e menos aptos a tomar decisões rápidas no campo.
• Pode levar a questões de privacidade, como a coleta e uso de dados biométricos de atletas sem o seu consentimento ou conhecimento.
• A tecnologia ajuda a desenvolver drogas para melhorar artificialmente o desempenho do nadador.
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