O que você faz no escuro é o que te coloca na luz
Data: 24/abr/2023
Por: Ricardo de Moura
A natação é um esporte difícil.
O homem não vive na água, os treinamentos duram horas em variadas temperaturas, o som predominante é o da água batendo nos ouvidos e passando pelo corpo, o gosto e o cheiro que prevalece é o do cloro.
A visão, prejudicada pelo uso dos óculos, só consegue vislumbrar o passar pelos azulejos. A touca aperta e protege a cabeça.
Os músculos de todo o corpo reclamam. As séries de esforços são repetitivos. A dor e o cansaço são progressivos. Idas e voltas sem fim…
Fala mais alto a vontade de melhorar.
Nos treinos da madrugada, o corpo não quer sair da cama. Parece levado pelo grito da alma: ”Levanta e vamos treinar para melhorar”.
A escuridão é a companheira.
Ao lado, apoiando essa “saudável loucura” estão o técnico e os companheiros.
Treinou pela manhã e voltará à tarde.
Terminado o dia, os sucessivos trabalhos foram realizados no escuro anônimo. Pouca gente sabe o esforço que se faz para melhorar.
Nas competições, se o nadador fez a melhor de sua vida ou saiu sentindo que não realizou tudo o que esperava, no outro dia começa tudo de novo.
E sabe que as ações que ele faz e as decisões que toma na “escuridão anônima” são as responsáveis por trazer a luz dos resultados, objetivos, pódios, medalhas…
E quando essa luz aparece, ela não tem preço…faz tudo valer a pena!
E faz começar tudo de novo.
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