A natação como bandeira
Gotas de reflexão
Por: Ricardo de Moura
Data: 11/SET/2023
O Campeonato Mundial de Natação Junior, realizado em Netanya (ISR), de 4 a 9 de setembro, mostrou muito mais que resultados, revelações, recordes e medalhas.
Conseguiu mostrar ao mundo algumas conquistas que podem mudar a vida de muitos jovens e o desenvolvimento do esporte a nível global.
As medalhas são mais do que apenas um símbolo de conquista; eles também podem inspirar outras pessoas a perseguir seus sonhos e praticar o esporte. A emoção da competição, a busca pela excelência e a sensação de realização que advém da conquista de uma medalha pode motivar tanto os atletas quanto os aspirantes a atletas.
– Primeira medalha de ouro em um Campeonato Mundial Júnior: – Lana Pudar (Bósnia e Herzegovina), Petar Mitsin (Bulgária); Casper Pugaard (Dinamarca); Eneli Jefimova (Estônia); Felix Iberle (Indonésia) e Nikoli Blackman (Trinidad e Tobago).
– Primeira medalha de ouro do país em Campeonatos Mundiais (sênior ou júnior (50m): Lana Pudar (Bósnia e Herzegovina); Eneli Jefimova (Estônia); Felix Iberle (Indonésia) e Nikoli Blackman (Trinidad e Tobago).
Destaque, ainda, para Oleksandr Zheltiakov, da Ucrânia, mostrando a força do esporte e a dedicação de um nadador, mesmo com um país em guerra. Usou as armas que tinha para pedir a paz. Ganhou 3 medalhas (2 de ouro e 1 de prata) e foi eleito o melhor atleta masculino da competição.
Lana Pudar, da Bósnia, também venceu os desafios de um país com pouquíssima expressão no esporte (não tem nenhuma medalha olímpica). Projetou mais que resultados. Projetou a esperança no povo do país, através doe esporte. Lana foi eleita a melhor atleta no feminino da competição.
Assim, as medalhas são mais do que apenas um símbolo de conquista. Têm forte poder de inspiração, motivação e encorajamento para que outros possam perseguir seus sonhos e praticar o esporte.
Ao demonstrar o trabalho árduo, a dedicação e o talento necessários para ganhar uma medalha, os atletas tornam-se modelos e embaixadores do seu esporte.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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