O nadador olímpico e o “spiner”
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 30/NOV/2023
“O esporte sério é uma guerra sem tiros” – George Orwell.
Vários conceitos de guerra podem ser aplicados nas áreas empresariais e esportivas.
Partindo desse princípio, há um personagem na guerra que pode ter as regras de conduta parecidas com um nadador olímpico: o sniper.
Sniper é um atirador profissional de elite que procura atingir os alvos com uma arma de precisão. O termo sniper surgiu inicialmente no século XIX, junto ao Exército inglês estacionado na Índia, país onde a caça do pássaro snipe era uma prática muito popular entre os oficiais.
Os dois, sniper e nadador olímpico, são focados e solitários em sua missão.
Ambos devem ter controle emocional e acertar o alvo sem hesitação. O resultado é a recompensa.
O adversário mais mortífero é ele mesmo.
Nunca atiram duas vezes do mesmo lugar, para não deixar que descubram sua posição. Nunca deixam que o adversário saiba o que está pensando. Sempre inovando. A surpresa é uma arma.
Os dois mantém suas habilidades através da prática constante, em tempos de guerra e de paz.
Praticam em alvos de todas as distancias.
Nunca entram em zona de conforto. A zona de conforto é fatal!
Estudam sem parar. O conhecimento aprimora a capacidade de tiro, de decisão, de um campeão.
Nunca abandonam sua “saúde física e mental”. A arma é o corpo e o espírito.
Sabem usar as melhores condições a seu favor e mantém relativa discrição. Um estardalhaço muito grande cria um ímã para os adversários.
Após um revés ou prejuízo, voltam para se recuperar e refletem sobre os resultados antes de tomar uma nova decisão. Essa análise é importante para aprimorar sua capacidade de gerenciamento e progressão.
Recuperados e fortalecidos, saem para uma nova missão.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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