2023 - O melhor ano pós trajes tecnológicos
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 22/DEZ/2023
Os analistas, em 2009, concluíram que a natação havia melhorado o desempenho de uma forma totalmente extraordinária, comparados com a evolução de outros esportes.
Muito além do que o as metodologias de treinamento, força e condicionamento poderiam realizar.
Para além disso, o desempenho da natação cresceu igualmente entre os gêneros e em todas as provas, independentemente da distância da prova.
Sem negar a dedicação e o trabalho duro de todos os atletas que bateram recordes em 2009, não se pode contestar que os trajes tecnológicos ajudaram no resultado.
Como tantas vezes acontece, surgiu o debate sobre até que ponto a tecnologia pode ou deve contribuir para a procura do desempenho.
A Federação Internacional de Natação restringiu e regulamentou, a partir de 2010, o uso dos trajes de competição.
Resultado: dos 42 recordes mundiais de 2009 em piscina longa, nenhum recorde mundial foi batido em 2010.
Apenas em dois anos não foram registrados recordes mundiais em piscina longa: 1998 e 2010.
Mas, o ser humano se adapta e evolui.
2023 foi o ano pós trajes tecnológicos, com o maior número de recordes mundiais em piscina longa: 17.
O tempo vai mostrar qual o limite do ser humano.
E isso, acontece em um ano estratégico, pré-olímpico.
Mais uma grande expectativa para 2024.
Fonte: Simmingstats
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
Divulgação ISE – Reprodução autorizada pelo autor
O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(s) autor(es).