O poder das estatísticas
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 12/JAN/2024
A maioria dos esportes conta com o auxílio de diferentes áreas da ciência para melhorar o desempenho dos atletas: desde trajes tecnológicos, equipamentos mais leves e resistentes, construção de arenas, blocos de partida, cronometragem eletrônica, análise de imagens, controle de treinamento até atendimento médico de alta qualidade.
A estatística passou a ser incorporada às práticas esportivas para monitorar e prever cada passo de um atleta em competição.
É por meio dela que os treinadores conseguem escalar atletas, traçar estratégias, tomar decisões durante uma competição e avaliar os adversários. Já se tornou tão importante que é usada em diferentes áreas para beneficiar atletas e valorizá-los, educar e aproximar a audiência com uma quantidade enorme de dados, previsões e possibilidades.
A estatística está presente nos mais diversos esportes, seja no basebol, futebol, basquetebol, atletismo, voleibol…
As estatísticas têm o poder de criar uma cultura de avaliação e mudança que cria interesse pelo desporto. Dentro da cultura e do clima esportivo atuais, as estatísticas são ferramentas valiosas para conectar os torcedores aos atletas.
A natação apresenta uma gama variada de estatísticas que podem ser utilizadas por atletas e técnicos: tempo e divisão da prova, ritmo, contagem de braçadas, frequência cardíaca, velocidade (m/s), melhor marca pessoal, distancia por braçada, tempo de cada ciclo de braçada…
Mas, além dos tempos de um nadador e as medalhas olímpicas ou mundiais, não são exibidas outras estatísticas que possam determinar o valor de um nadador ou aumentar o conhecimento sobre a modalidade.
Nas transmissões internacionais de natação, são utilizadas imagens com o uso da tecnologia interessantes como: a linha do recorde, a velocidade do nadador (m/s), a classificação, o país a que o nadador pertence, parciais…
Em cada uma das principais ligas esportivas, os atletas possuem dados estatísticos para determinar o valor geral do atleta.
A diversidade de estatísticas produz um campo mais amplo de avaliação dos atletas que estão envolvidos no esporte.
Terminada a prova é difícil encontrar dados mais detalhados sobre os nadadores.
Há alguns anos a Federação Internacional disponibilizava os dados obtidos pelos nadadores finalistas em mundiais e Jogos Olímpicos. Já não temos mais.
Isso não pode ser analisado como custo. É investimento.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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