The best
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 16/JAN/2024
Quando a oportunidade apareceu, ele estava preparado.
Certamente, já havia executado o movimento várias vezes e apurado a técnica em seguidas sessões de treinamento.
Sorte? Como disse Seneca: “Sorte é o encontro da capacidade com a oportunidade”.
Guilherme Madruga, 23 anos – jogador de futebol, conquistou o Prêmio Puskás por um gol pelo Botafogo-SP no Campeonato Brasileiro da série B de 2023, contra o Novorizontino. Com um fantástico gol de “bicicleta”, de fora da área.
O anúncio foi feito durante cerimônia da FIFA (entidade máxima do futebol), nesta segunda-feira (15), na entrega do prêmio The Best, aos melhores da temporada.
O atleta é o terceiro brasileiro a ganhar o prêmio de gol mais bonito da temporada.
Ele não escondeu a emoção de estar no mesmo palco dos principais jogadores do mundo: “Hoje é um dia único na minha vida, com certeza está marcado na minha história e na memória de todos aqueles que me acompanham desde o começo da minha trajetória. Meu primeiro agradecimento é a Deus. Eu estava emprestado ao Botafogo e só queria ser comprado pelo Botafogo. Esse era meu objetivo. Eu fui comprado e já fui vendido, vou disputar pela primeira vez a Série A do Brasileiro”, disse Madruga, para completar (já está contratado pelo Cuiabá).
Continuando: “Agradeço aos meus pais, que estão no Brasil. Ao meu pai, que era chamado de louco porque dava treinos na areia para mim, hoje não vão mais te chamar de louco, estou virando um jogador profissional. A minha mãe que chorava escondida e ao meu irmão, que está aqui e sempre esteve ao meu lado, me apoiando. É um sonho que estou vivendo, estar entre os meus ídolos. Foi muito melhor do que imaginei”.
Não foi por acaso.
Curiosamente, Guilherme Madruga anotou um outro gol incrível pelo Botafogo-SP, que também poderia concorrer ao Prêmio Puskás. Novamente contra o Novorizontino, pela 33ª rodada da Série B, o volante recebeu atrás do meio de campo e, ao ver Jordi adiantado, bateu por cobertura, anotando um novo gol antológico.
Madruga serve como referência no esporte e na vida.
Não desistiu. Treinou. Não reclamou. Fez. E fez diferente.
#reconhecimento #coragem #audacia #inovacao #esporte
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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