Jogos Olímpicos e recordes mundiais
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data:20/FEV/2024
Em ano de Jogos Olímpicos, aumentam as expectativas de bons resultados na natação em Paris.
Todas as competições olímpicas de natação, desde que os recordes mundiais de natação foram organizados, tiveram pelo menos um recorde mundial quebrado.
Em 1904, as provas eram em jardas – que na época não possuíam recordes mundiais. Em 1896 e 1900, embora houvesse recordes mundiais (?), eles não estavam bem organizados.
O estabelecimento da FINA em 1908 como órgão mundial do esporte, trouxe consistência aos Recordes Mundiais, o que pode ser considerado o início da era do “Recorde Mundial”.
Desde 1952, pelo menos 1 recorde mundial de natação foi batido durante a realização dos Jogos Olímpicos.
De acordo com a pesquisa da SwimSwam, os Jogos Olímpicos de 1936, 1948 e 1952 foram estabelecidos somente recordes mundiais de revezamentos.
Em Tóquio (2021) foram estabelecidos os seguintes recordes mundiais: 100 m borboleta masculino – Caeleb Dressel (EUA) – 49,45s (49,50s – 2019); 200m peito feminino – Tatjana Schoenmaker (RSA) – 2:18,95 (2:19.11 – 2013); Revezamento 4×200 m livre feminino (CHN) – 7:40,33 (7:41,50 – 2019) e Revezamento 4x100m livre feminino (AUS) – 3:29,69 (3h30min05 – 2018).
Desde os Jogos Olímpicos de Sidney 2000, são os seguintes os números de recordes mundiais quebrados na natação: Tóquio 2020(1) – 4; Rio 2016 – 8; Londres 2012 – 9; Beijing – 2008 – 24*; Atenas 2004 – 8; Sidney 2000 – 14.
(*) – Em 2008, foram permitidos trajes especiais feitos parcialmente de poliuretano, levando a um número maior de recordes mundiais. Isto continuaria até o final de 2009, quando os trajes foram proibidos.
Pode-se observar que, mesmo com a inversão das finais (da tarde para a manhã) em Beijing 2008 e Tóquio 2021, os recordes continuaram caindo.
A natação é o 2º esporte que mais medalhas em disputa em Jogos Olímpicos.
Há muitas possibilidades, principalmente pela evolução da natação e pela atmosfera competitiva na disputa pelo quadro de medalhas (principalmente entre as grandes potências do esporte – USA, AUS e CHN), da obtenção de grandes marcas e, consequentemente, recordes mundiais.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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