“Panela de pressão em uma montanha russa”
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 26/FEV/2024
Os Jogos Olímpicos podem ser comparados a “uma panela de pressão em uma montanha russa”.
Para Paris 2024, 3 anos de preparação e, no caso da natação, 9 dias de alto desempenho.
O tempo de espera excede em muito o tempo de atuação. Uma preparação que parece durar uma eternidade e, em um piscar de olhos, tudo acaba.
A expectativa cria muitos altos e baixos, em rápida sucessão. Toda uma gama de emoções é sentida e vivenciada.
Os nervos ficam à flor da pele. Não é preciso mais pressão.
Hora em que aparecem os oportunistas de plantão, os “experts de nada”, os “profetas do apocalipse”, os inconvenientes, os especuladores e “plantadores de fake news”.
É fácil comentar o que os atletas devem ou não fazer nos Jogos. Ou o que vai acontecer com eles.
Alguns fazem as declarações por ansiedade. Outros por conveniência.
A maioria é ignorante no assunto. Outros o fazem por maldade. Para tentarem levar alguma vantagem e desequilibrar o ambiente no período final de preparação. Se o resultado foi bom, somem (a maioria).
Por isso mesmo, se for ouvir alguém, ouça quem já esteve lá e tem resultado. Não quem tem só opinião.
Os técnicos e atletas atuam sob grande pressão e expectativas nos Jogos.
Mas, é como escreveu Theodore Roosevelt (estadista, político, militar, conservacionista, naturalista, historiador e escritor norte-americano que serviu como o 26º Presidente dos Estados Unidos de 1901 a 1909):
“Não é o crítico que importa, nem aquele que mostra como o homem forte tropeça, ou onde o realizador das proezas poderia ter feito melhor. Todo o crédito pertence ao homem que está de fato na arena; cuja face está arruinada pela poeira e pelo suor e pelo sangue; aquele que luta com valentia; aquele que erra e tenta de novo e de novo; aquele que conhece o grande entusiasmo, a grande devoção e se consome em uma causa justa; aquele que ao menos conhece, ao fim, o triunfo de sua realização, e aquele que na pior das hipóteses, se falhar, ao menos falhará agindo excepcionalmente, de modo que seu lugar não seja nunca junto àquelas almas frias e tímidas que não conhecem nem vitória nem derrota”.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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