Financeiramente diferentes, igualmente importantes
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 09/MAR/2024
Em 26 de julho de 2024, mais de 11 mil atletas participarão da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos que, pela primeira vez na história, não será realizada em um estádio.
Um pequeno grupo, entre eles, conquistarão medalhas.
Um grupo menor ainda encontrará recompensas monetárias pelo enorme investimento que muitos tiveram de fazer para chegar aos Jogos de Paris.
Michael Phelps, o atleta olímpico mais condecorado da história tem um patrimônio líquido estimado em mais de US$ 50 milhões.
Ganhar uma medalha olímpica é uma experiência incrível. Mas não vamos confundir incrível com ganho financeiro.
O COI não concede prêmios em dinheiro aos atletas vencedores.
O Comitê Olimpico do Brasil (COB) informou que pagará para medalhas de esportes individuais R$ 350 mil pela medalha de ouro, R$ 210 mil pela de prata e R$ 140 mil pela de bronze.
Para os esportes de equipe (2 a 6 integrantes), o medalhista de ouro receberá R$ 700 mil, o de prata, R$ 420 mil, e o de bronze, R$ 280 mil.
No esporte coletivo (7 ou mais atletas), o ouro ganha R$ 1,05 milhão, a prata, R$ 630 mil, e o bronze, R$ 420 mil.
A grande maioria do investimento em patrocínio ocorre antes dos Jogos Olímpicos, e não depois.
O número de medalhas olímpicas conquistadas, a experiência olímpica, a forma da conquista, a história, o gênero e a personalidade do atleta são fatores-chave para conseguir patrocínio.
Com tudo isso, uma medalha olímpica ainda é uma medalha olímpica. Significa ser o melhor do mundo no palco mais importante.
Mesmo que a jornada ao longo da vida de cada atleta não seja equivalente ao mesmo retorno financeiro.
O ponto alto de uma jornada ao longo da vida rumo à grandeza. Mesmo que a jornada ao longo da vida de cada atleta não seja equivalente ao mesmo retorno financeiro.
A verdade é que nem todas as medalhas são financeiramente iguais, mas são igualmente importantes e grandiosas.
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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