Seletiva Olímpica australiana de natação
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 10/JUN/2024
Começou a seletiva olímpica australiana de natação.
Os índices estabelecidos pela Swimming Australia para Paris são, na maioria, mais fortes que os definidos pelo órgão regulador da natação, World Aquatics.
Com um máximo de 26 vagas para homens e 26 vagas para mulheres, a Austrália acredita que o processo de preparação e os índices estabelecidos auxiliarão a selecionar uma equipe de atletas que possa passar pelas eliminatórias, semifinais e chegar às finais.
Somente os índices das provas 400m nado medley masculino e feminino, 200m nado peito feminino e 100m livre feminino são iguais aos estabelecidos pela World Aquatics. Os demais são mais fortes.
Nos 400m nado livre feminino, Ariarne Titmus, 23 anos, ficou a 6 centésimos de seu próprio recorde mundial (3,55,38), com 3,55,44. Lani Pallister, 22 anos, em segundo, com 4,02,27, completou as duas vagas na prova abaixo do índice olímpico (4,07,90) e do índice australiano (4,04,98).
Nos 200m nado medley feminino, mais duas vagas alcançadas. Kaylee McKeown, 22 anos, venceu com novo recorde australiano (2,06,37). Em segundo ficou Ella Ramsey (2,09,32). As duas conquistaram as vagas com tempo abaixo do índice olímpico (2,11,47) e do índice australiano (2,10,62).
Emma McKeon, 30 anos, venceu os 100m nado borboleta com 56,85 (56,75 nas eliminatórias). Em segundo ficou Alexandria Perkins com 57,33, abaixo do índice olímpico (57,92) mas acima do índice australiano (57,17). Alexandria fez 57,10 nas eliminatórias.
Sam Williamson, 26 anos, e Joshua Yong tiveram que fazer os melhores tempos da vida para ficarem abaixo do índice olímpico (59,99) e do índice australiano (59,62) e ficarem com as vagas olímpicas na prova de 100m nado peito. Stubbletty Cook (ex-recordista mundial dos 200m nado peito), ficou em 3º com 59,63.
Elijah Winnington, 24 anos, e Sam Short, 20 anos, travaram, como sempre, uma acirrada disputa na prova de 400m nado livre, com Elijah fazendo 3,43,26 e Sam 3,43,90. Os dois com chances de medalha em Paris, ficaram longe de suas melhores marcas.
Elijah tem 3,41,22, de 2022 e Sam tem 3,40,68, de 2023.
Mesmo assim, garantiram as vagas com tempos abaixo do índice olímpico (3,46,78) e do índice australiano (3,45,43).
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Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
Divulgação ISE – Reprodução autorizada pelo autor
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