Natação em Paris vai mostrar mais que bons resultados...
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 13/JUL/2024
Durante o último ciclo olímpico, houve uma grande mudança no cenário da natação.
O período pós-pandemia acelerou um incrível processo de desenvolvimento e inovação.
O uso de métodos e táticas antigas vai causar danos nas próximas batalhas. Os resultados já estarão identificados nos Jogos Olímpicos de 2024.
A diferença entre uma gestão competente e bem conduzida aumentará a distância entre países que participam e aqueles que buscam resultados.
Vai mostrar quem tem, de fato, uma meta de longo prazo e os imediatistas.
O esporte exige novas formas de gestão, uso cada vez mais apurado de recursos, da tecnologia, competência de técnicos e profissionais das equipes multidisciplinares, calendários conscientes associados a uma periodização EM BUSCA DE RESULTADOS.
O volume de resultados antes dos Jogos Olímpicos já anunciou um novo tempo.
As diferenças entre os nadadores diminuíram significativamente. Só na seletiva americana, houve 80 situações de empates. Em uma competição com mais de 300 índices olímpicos alcançados.
Os detalhes inseridos, observados e trabalhados na preparação serão decisivos.
Nos centésimos que possivelmente separarão as medalhas e classificações olímpicas estará um trabalho sério de gestão profissional.
Resultados cada vez mais frequentes com atletas mais novos sugerem um sistema de identificação de talentos mais eficiente.
Da mesma forma que a longevidade de nadadores com resultados em alto nível sugere um sistema de treinamento, avaliação e controle cada vez mais ativo.
Os objetivos estarão dependentes de uma filosofia estrutural voltada para resultados. A gestão por resultados tem como foco principal o atingimento de metas.
Os recursos são somente efetivos se destinados a programas com revisão dos objetivos, definição de metas, monitoramento dos processos, avaliação de desempenho e sistema de recompensas.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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