Importância dos esportes aquáticos
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 13/AGO/2024
O investimento direcionado em projetos esportivos visando os Jogos Olímpicos é uma discussão antiga.
A disputa pelo quadro de medalhas extrapola a discussão do campo esportivo. Vai muito além.
Em Jogos Olímpicos, medalhas de ouro são prioridades. Nos esportes aquáticos, estão em disputa 49 medalhas de ouro (35 na natação, 8 nos saltos ornamentais, 2 no polo aquático, 2 no nado sincronizado e 2 nas maratonas aquáticas).
16 países ganharam medalha de ouro nos esportes aquáticos em Paris.
As duas grandes potências, na disputa pelo quadro de medalhas, USA e China, dependeram muito do resultado das medalhas nas modalidades aquáticas.
A China dominou os esportes aquáticos na totalidade.
33% das medalhas de ouro da China (40 no total), 12, que vieram dos esportes aquáticos (8 dos saltos ornamentais – gabaritaram, ganharam todas as provas, 2 em nado sincronizado e 2 em natação). Enquanto, 20% das medalhas de ouro dos USA vieram da natação.
Em 2021, os USA ganharam 11 ouros na natação e a China, 3. A China, em 2021, perdeu uma prova em saltos ornamentais, ganhou 7 de 8.
O nadador francês Leon Marchand, sozinho, teve melhor atuação que o Brasil. Ficaria em 20º lugar no quadro de medalhas, com 4 medalhas de ouro. Leon conquistou 25% das medalhas de ouro da França (16).
A Austrália teve uma conquista total de 18 medalhas de ouro e ficou na 4ª posição no quadro geral. Dessas medalhas de ouro, 38,8% foram conquistadas na natação (7).
Outros países têm os esportes aquáticos como bandeira de honra do país. Como o polo aquático na Sérvia, Croácia e Hungria.
Outros países, como a Suécia, 14º lugar no quadro de medalhas, 50% das medalhas de ouro (4) veio na natação com Sarah Sjostrom (2).
Todos os países com resultados expressivos nos esportes aquáticos têm estruturas esportivas, instalações de primeiro nível, projetos de desenvolvimento de base e detecção de talentos muito avançados.
Enquanto alguns tentam convencer que o resultado foi bom (?), outros já estão planejando corrigir os erros e conquistar medalhas.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
Divulgação ISE – Reprodução autorizada pelo autor
O conteúdo do texto é de inteira responsabilidade do(s) autor(es).