Hora de subir o sarrafo
Gotas Olímpicas
Por: Ricardo de Moura
Data: 17/Nov/2024
Lucas Dé Santos, atleta da equipe de natação Americana Natação, nasceu em 09/06/2010, na cidade de Americana–SP.
Lucas, que tem 14 anos, possui um corpo de 1,88m de altura, 75 kg e 1,96m de envergadura.
O tempo é o detentor da razão na natação. Um esporte que, muitas vezes, é frio e matemático, demonstra a evolução do nadador ao longo das temporadas.
Em 2024, bateu o recorde brasileiro da classe na prova de 1500m nado livre com 15,49,38 (em piscina curta), diminuindo em 12 segundos a marca anterior. Bateu, em 2024, os recordes brasileiros de infantil 2 nos 100m nado livre (51,75), 200m nado livre (1,52,59) e 400m nado livre (4,01,46).
Durante uma conversa virtual descontraída com o treinador de Lucas, Fabio Cremonez apresenta um pouco mais sobre o cotidiano e a personalidade do nadador.
Fabio afirma que Dé foi um nadador comum na classe de mirim, tendo começado a se destacar na classe petiz.
O especialista, que acompanha o garoto desde o infantil 1, ainda aponta alguns pontos a serem desenvolvidos que serão aprimorados com o tempo. Atitudes ainda infantis, tais como a atenção excessiva aos jogos eletrônicos e a alimentação inadequada.
Como pontos positivos, a melhora da maturidade, do foco em conseguir resultados, equilíbrio emocional e comunicação.
Lucas, de acordo com Fábio, NÃO FALTOU NENHUMA SESSÃO DE TREINAMENTO do infantil 1 até o momento. Supera desconfortos, dores e situações adversas.
Fabio ainda afirma que não conta com a assistência de uma equipe multidisciplinar (incluindo biomecânico) e que Lucas tem feito sessões de Pilates para postura e equilíbrio muscular e é acompanhado pela pediatra Dra. Ana Lúcia.
O treinador usa sua experiência adquirida com outro nadador natural de Americana, o olímpico Murilo Sartori, para aplicar na vida esportiva de Lucas.
O treinador afirma hoje que muitas das escolhas da vida são tomadas pelo próprio nadador.
É importante destacar que o suporte integral dos pais é altamente benéfico, atuando de maneira precisa em situações difíceis e sabendo separar bem o papel dos pais e técnicos.
Fabio sugere que, com calma, é essencial compensar o calendário de eventos esportivos, trocando competições tradicionais por aquelas que oferecem maiores desafios.
Ele aponta que os campeonatos de classe estão muito simples para o nadador, é o momento de focar em competições absolutas que proporcionam confrontos mais significativos.
Palavras chave: Natação; Futuro; Progressão; Desafios.
Ricardo de Moura
Gestor esportivo com mais de 40 anos de experiência em Projetos Esportivos.
Supervisor/Superintendente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos por 28 anos.
Participou de 7 edições dos Jogos Olímpicos, 7 edições de Jogos Pan-americanos e 25 Campeonatos Mundiais. Responsável por projetos que levaram à conquista de 10 medalhas olímpicas na natação. Integrante do Comitê Técnico de Natação da Federação Internacional de Natação por 12 anos.
Secretário-tesoureiro da Confederação Sul-americana de Natação.
Professor do Curso Avançado de Gestão Esportiva do Comitê Olímpico Brasileiro de 2009 a 2017.
Escritor do livro “Gotas Olímpicas” – 2022.
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